Sidrolândia
Denunciado pelo Ministério Público, assassino de menino pode pegar até 40 anos de prisão
Ivan Aliffer Albuquerque vai ser julgado pelo Tribunal do Júri por ter matado, com um tiro na barriga, Luiz Otávio.
Flávio Paes/Região News
28 de Julho de 2019 - 19:43
Denunciado pelo Ministério Púbico por homicídio doloso (quando há intenção de matar); por motivo torpe (teria cometido o crime para se vingar da mãe da vítima, que supostamente o havia denunciado por violência doméstica) Ivan Aliffer Albuquerque Rocha vai ser julgado pelo Tribunal do Júri por ter matado no último dia 8 de junho, com um tiro (de espingarda calibre .22) na barriga, Luiz Otávio Santana Lima, um garoto de 11 anos.
Ele pode ser condenado a pena de até a 40 anos de prisão, sendo 30 pelo crime, acrescidos de mais um terço (10 anos) pelas qualificadoras (motivação banal, ter atraído a vítima, uma criança, sem chance de se defender).
No último dia 24 de junho promotora Clarissa Carfotto Torres, em substituição, ofereceu denúncia que foi acatada no dia seguinte ao juiz titular da Vara Criminal, Fernando Freitas. Com isto Ivan (preso desde do dia do crime) se tornou réu. Falta apenas o laudo final da perícia que na semana passada acompanhou a reconstituição do crime, realizada a pedido da Promotoria. Ivan teve 10 dias para se defender, nos autos do processo, das acusações.
Conforme o inquérito, no dia último de 8 junho, Ivan, convidou a mãe do menino assassinado, Maria Aparecida Santana e os dois filhos dela (Luiz Otávio e um outro garoto), para passearem na Fazenda Furnas (região do Bolicho Seco). Lá, saiu para caçar jacaré em companhia dos irmãos, ambos menores de idade.
Na volta à sede da propriedade, em dado momento, o acusado, que segurava na mão da vítima, determinou a Luiz Otávio que se ajoelha-se e rezasse o “Pai Nosso”. Terminada a oração Ivan chamou os dois irmãos de vagabundos. Na retomada da caminhada, o menino morto tentou acelerar os passos para alcançar o irmão que estava adiante, mas foi impedido pelo acusado que disparou a espingarda e o feriu na barriga. Socorrido, o garoto morreu a caminho do hospital.
Ivan nem teve tempo de fugir e foi preso em flagrante. Apresentou versões contraditórias. No primeiro interrogatório disse que Luiz Otavio teria sido morto por acidente, já que teria entrado na frente no momento em que atirava contra um jacaré.
Posteriormente, garantiu que pedira a vítima para se ajoelhar e rezar por brincadeira. Atirou supondo que não havia projéteis na espingarda. Só que além do projétil disparado, no coldre na arma, haviam quatro munições do mesmo calibre. Ivan teria matado Luiz Otávio, como forma de se vingar da mãe dele, que teria provocado sua prisão em 2018, ao denunciá-lo na Polícia por violência doméstica contra a esposa, que é sobrinha de Maria Aparecida Santana.