Exigências de proprietário trava obra na estrada de acesso ao Capão Bonito

A empreiteira Luiz Costa, responsável pela pavimentação da estrada de acesso ao Assentamento Capão Bonito, interrompeu o serviço há 20 dias por causa das exigências do dono da Fazenda Morrinho.

Um trecho de 6 km da faixa de domínio da estrada atravessa a propriedade o que obriga o remanejamento da cerca com estaca de aroeira, com 5 fios lisos e mais 2 farpados. O impasse surgiu porque o projeto executivo da obra prevê o uso de eucalipto e 4 fios lisos, um material mais barato. Já houve o remanejamento de 4 km de cerca, faltam ainda 2 km.

Segundo o engenheiro Marcos Torres, responsável pela obra iniciada há 3 meses, o serviço será retomado nesta terça-feira com o dobro da equipe inicial (20 funcionários). Se o proprietário voltar a obstruir o serviço, a empreiteira vai iniciar outro lote da obra fora da Fazenda Morrinho. O trecho inicial da estrada, a partir da MS-162, terá faixa de domínio (20 metros de cada margem) avançando sobre a área da propriedade que passará a contar com acesso asfaltado.

Obra estratégica 

O Governo do Estado vai investir R$ 41.163.775,66 para asfaltar o acesso ao Assentamento Capão Bonito, uma extensão de 25 km que liga as estradas MS-162 (acesso a Maracaju e MS-455 (conexão alternativa a Campo Grande).

“Este asfalto vai melhorar o escoamento da produção, além de facilitar o acesso a Campo Grande, pela estrada da Gameleira e o Capão Seco", comenta o assentado Paulo Pereira Osmar, que mora há 22 anos no Capão Bonito e se dedica à produção leiteira.

Gilson Vieira dos Santos, há 18 anos no Assentamento São Pedro, diz que o asfalto vai dar maior segurança ao escoamento da produção agrícola. A partir da próxima safra vai firmar parceria para a produção de soja e milho.

José Severino, do Capão Bonito 2, que produz abacaxi, convive com as dificuldades de tráfego no acesso em dias de chuva.