Sidrolândia
Justiça manda para acolhimento bebê de 2 meses e mãe de 16 anos, usuária de droga
O Conselho Tutelar constatou que a jovem com um bebê no colo pedia esmola no centro da cidade, morava num barraco de lona.
Redação/Região News
08 de Novembro de 2021 - 07:16
O juiz Fernando Moreira Freitas, determinou o acolhimento de uma criança de dois meses e da mãe da bebê uma adolescente de 16 anos. O Conselho Tutelar constatou que a jovem com um bebê no colo pedia esmola no centro da cidade, morava num barraco de lona no assentamento Jatobá. Usuária de drogas, pedia dinheiro para financiar o vício. Ela teria fugido de Antônio João, onde reside, após se desentender com a mãe.
Na visita ao barraco, os conselheiros se depararam com um cenário desolador. No local morava o companheiro da adolescente, aparentemente embriagado, a irmã dele, que disse estar grávida. Histórias como essas, onde a droga, miséria, desestruturação familiar, são componentes da tragédia que é a violência e o abuso contra a infância e a adolescência, integram o cotidiano de quem trabalha na rede de proteção social da parte mais vulnerável desta rotina que boa parte da sociedade prefere ignorar.
Um dos casos mais complexos é o de uma adolescente de 13 anos, usuária de drogas, que perdeu a guarda do filho com 3 dias de nascido, quando não tinha recebido alta do hospital. O bebê está na casa de acolhimento. A mãe teve uma recaída do parto, passou por nova cirurgia, chegou a ficar entubada, teve de retirar uma das trompas e ainda está internada.
Ela contraiu uma doença inflamatória pélvica. A mãe tem problemas psiquiátricos, há dois anos chegou a ser denunciada, acusada de colocar a filha na prostituição. A menina fugiu mais de uma vez da casa de acolhimento. Em 2019 apareceu de madrugada na UPA, na companhia de um rapaz, com hematomas pelo corpo (sinal de agressão) e sintomas típicos de crise de abstinência. O rapaz foi levado para Delegacia, acusado de estupro de vulnerável.
A bisavó materna do bebê manifestou interesse em exercer a guarda da criança, mas tem medo do pai do bebê (também usuário de drogas), um rapaz de 21 anos. Já a mãe dele colocou em dúvida que ele seja de fato pai do bebê que no próximo dia 20 completa 2 meses. O juiz determinou que seja feito o exame DNA para atestar a paternidade. A coleta do material será no próximo dia 25.