Sidrolândia
Mesmo com queda de 35% da produção de soja, Sidrolândia retoma 2ª posição no ranking Estadual
Mesmo com a quebra, Sidrolândia retomou a 2ª posição no ranking estadual, superando Ponta Porã.
Redação/Região News
01 de Maio de 2022 - 18:44
Os números finais da safra 2021/2022 confirmaram que o regime de chuva insuficiente no período de desenvolvimento da oleaginosa, reduziram em 37,71% a produtividade de soja diminuíram em 35,98% a produção do grão. Mesmo com a quebra, Sidrolândia retomou a 2ª posição no ranking estadual, superando Ponta Porã.
Embora a área plantada na cidade fronteiriça (307.928,10 hectares) seja maior que a sidrolandense (251.017,85/ha), a produção local foi maior, porque lá o impacto da falta de chuva nas lavouras foi bem maior que nas plantações daqui.
Conforme o boletim da Famasul (Federação de Agricultura de MS), de acompanhamento da safra, em Ponta Porã, a produtividade caiu 49,49% (de 65,74 para 33,20 sacas por hectare). A produção despencou 44,95% (1.114.317,42 toneladas para 613.392,78/toneladas).
Em Sidrolândia a produtividade caiu de 67,14 para 41,82 sacas/ha. Já a produção despencou de 933.911,32 toneladas para 629.853,99 toneladas. Sem esta quebra, a produção teria atingido 1.011.250,30. O resultado da safra 2021/2022 é o pior dos últimos 5 anos, embora a área plantada tenha crescido mais de 6.700 hectares em relação a safra 2020/2021.
Em primeiro lugar, no ranking estadual de produção de soja continua Maracaju. Com uma área plantada de 323.315,41 hectares, o município vizinho colheu 932.724,90 toneladas. A seca reduziu a produtividade de 66, 08 para 46,78 sacas por hectare, quebra de 29%.
Panorama estadual
A área ocupada pela soja na safra 2021/2022 em Mato Grosso do Sul foi de 3.748.042,72 hectares, o que projetava uma safra recorde caso se concretizasse a produtividade média esperada de 56 sacas por hectare. Entretanto, a estiagem verificada nos últimos meses do ano passado interferiu no desenvolvimento das plantas e provocou perdas significativas em grande parte das lavouras.
Dessa forma, a produtividade média caiu do montante estimado de 56 sacas por hectare para 38,65 sacas/ha. Na região Sul, que responde por 62,4% da área total ocupada pela soja no Estado, a produtividade média foi de 27,85 sacas por hectare. A região Central apresentou produtividade média um pouco acima – 46,67 sacas/ha, porém só representa 22,4% da área total. O melhor desempenho da cultivar aconteceu na região Norte, com média de 71,15 sc/ha, sendo que representa aproximadamente 15,2% da área estadual ocupada com a cultura.
Ao todo, só 30 dos 77 municípios apresentaram produtividade média acima da média estadual. “A produtividade média ponderada para Mato Grosso do Sul manteve-se baixa devido às produtividades em alguns municípios como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, que foram abaixo de 46,78 sc/ha e, juntos, possuem o peso de 34% na média estadual”, relatam os técnicos do Projeto SIGA/MS. Os municípios de Rio Negro, Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Sonora, Paraíso da Águas, Cassilândia e Coxim obtiveram as produtividades mais altas, acima de 64,38 sc/ha.
Quando comparada à safra passada (2020/2021), tem-se uma retração de 38,5% na produtividade dessa safra, passando de 62,84 sacas por hectare para 38,65 sc/ha. Já na produção a retração foi de 34,6%, passando de 13,306 milhões de toneladas para 8,692 mi/ton.
Para se ter uma ideia da dimensão dessa quebra na safra, o Estado deixou de colher um volume equivalente ao que exporta todos os anos (4 milhões de toneladas de soja). O secretário da Semagro, Jaime Verruck, chama a atenção para o impacto econômico junto às famílias produtoras. “Muitos produtores estavam cobertos com o seguro agrícola, outros não, mesmo assim há um impacto direto na renda desses produtores e uma perda econômica significativa para Mato Grosso do Sul.”
Histórico da produção de soja de Sidrolândia
Safra - Área plantada - Produção
2004 - 85 mil/ha - 178.520 /toneladas
2005 - 94.800 mil/ha - 199.800/toneladas
2006 - 93.000/ha - 213.900 toneladas
2007 - 95.000/ha - 269.900 toneladas
2008 - 95.000/ha - 356.900 toneladas
2009 - 97.000/ha - 238.620 toneladas
2010 - 115.000/ha - 345.000/toneladas
2011 - 120.000/ha - 194.400/toneladas
2012 - 130.000/ha - 358.000/toneladas
2013 - 142.000/ha - 361.000/toneladas
2014 - 162.000/ha - 506.000/toneladas
2015 - 173.000/ha - 549.000/toneladas
2016 -184.000/ha - 548.000/toneladas
2017- 216.926/ha- 848.094/toneladas
2018 - 231.437/ha- 693.506/toneladas
2019 - 240.363/ha- 778.096/toneladas
2020 - 244.243/ha - 983.911/toneladas
2021 - 251.017/ha - 629.853/toneladas