Sidrolândia
Nico Bala se torna réu e vai à julgamento pela morte de ex-funcionário da Prefeitura
A partir da sua notificação, Nico Bala, como é conhecido, terá 10 dias para apresentar defesa prévia, arrolar testemunhas.
Redação/Região News
03 de Fevereiro de 2020 - 08:15
No último dia 30 de janeiro, um ano e dois dias após o crime, a Justiça acatou a denúncia e o caminhoneiro Anísio Medeiros Pereira, se tornou réu e vai à julgamento pelo Tribunal do Júri pela morte de Marcio Mário Garcia de Souza ex-chefe da Divisão de Manutenção de Estradas Rurais da Secretaria de Infraestrutura de Sidrolândia. O homicídio foi cometido no dia 26 de janeiro de 2019 na Rua Prefeito Jaime Ferreira Barbosa, em frente da casa do assassino confesso. Márcio foi morto com um tiro no peito de bala calibre 38.
A partir da sua notificação, Nico Bala, como é conhecido, terá 10 dias para apresentar defesa prévia, arrolar testemunhas. Em 27 de agosto o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que ofereceu denúncia no último dia 18 de novembro. A denúncia foi acatada pelo juiz criminal Cláudio Muller Pareja dia 30 de janeiro. O agora réu pode ser condenado de 12 a 30 anos, por homicídio simples, cometido por motivo fútil.
Anísio Medeiros Pereira se apresentou na delegacia dois dias após o crime, prestou depoimento e como havia passado o flagrante, tem residência fixa, saiu pela porta da frente. A Justiça em 1ª instância chegou a decretar sua prisão preventiva, mas ainda no mês de fevereiro foi revogado pelo Tribunal de Justiça.
Nico confessou a autoria do homicídio no depoimento que prestou ao delegado Diego Dantas Santos. Contou que deixou o local do crime por volta das 18 horas, pediu a ajuda do genro e permaneceu escondido, para fugir do flagrante, num sítio na região do Capão Seco, de onde saiu na segunda-feira, 28 de janeiro, para prestar depoimento.
O inquérito, embora desde o início contasse com a confissão do autor, só foi concluído dia 27 de agosto de 2019, sete meses após o homicídio e encaminhada ao Ministério Público dois dias depois. Durante seu andamento, teve duas prorrogações de 90 dias porque faltava o laudo de balística da arma usada para matar Márcio Mário, encaminhada à Delegacia pelo Instituto de Criminalística só dia 11 de agosto.
Motivo fútil
No depoimento que prestou na Delegacia, Nico Bala, contou que no dia do crime, um sábado, 26 de janeiro, por volta das 15h30 horas foi a Conveniência do Guardiano, na Rua Mato Grosso, onde pretendia tomar cerveja. Lá encontrou um amigo (Bernardo, dono de uma oficina) com quem iniciou conversação.
Meia hora depois, quando voltava do banheiro, se deparou com Márcio Mário (a vítima) que teria feito um comentário ao seu respeito ("parece cagado") e começou a rir junto com outros presentes no bar. Se dirigiu então a mesa onde estava sentado, preferiu se calar, embora não tivesse gostado do comentário jocoso do servidor público, com quem não tinha nenhum tipo de convivência.
Conforme a versão de Nico Bala, Márcio, em companhia de outros três amigos, teria vindo em sua direção, lhe apontou uma arma e disse que o pegaria posteriormente. Houve então um princípio de confusão que o dono do bar conseguiu dispersar. Anísio deixou o estabelecimento foi pra casa onde chegou 20 minutos depois.
Pegou sua arma (um revólver calibre 38) se sentou em frente da residência, para tomar tereré com o vizinho. Por volta das 18 horas, avistou Marcio, que teria reiterado a frase dita no bar, que o pegaria. Se sentiu ameaçado (embora o servidor público não estivesse armado) e fez o disparo que matou a vítima.