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Sidrolândia

Por ineficiência do poder público, frigorífico trava geração de 350 empregos em sala de desossa

A sala de desossa do Frigorífico Balbinos não será colocada em funcionamento enquanto não houver um acesso asfaltado.

Redação/Região News

28 de Janeiro de 2020 - 14:17

Por ineficiência do poder público, frigorífico trava geração de 350 empregos em sala de desossa

Com previsão de ficar pronta em abril, a sala de desossa do Frigorífico Balbinos, um investimento de R$ 15 milhões, vai gerar novos 350 empregos diretos. A planta, que hoje abate cerca de 600 cabeças, tem capacidade para abater até 1.000 animais/dia, em consequência, aumentar o valor dos impostos recolhidos.

Estas projeções positivas podem esbarrar num obstáculo: enquanto não houver um acesso asfaltado até o pátio da indústria, em funcionamento desde dezembro de 2017, a estrutura não será colocada em funcionamento e todos os benefícios decorrentes não sairão do papel. A novela do acesso ao frigorífico, pela MS-162, numa avenida cascalhada com 5,4 km de extensão e a pavimentação de um trecho de 407,70 metros da Rua Dr. Costa Marques, trecho final da travessia dos caminhões pelo Bairro São Bento, se arrasta desde 2015.

No ano anterior, numa negociação intermediada pelo corretor Clédio Santiani, os produtores rurais Paulino Straliotto e Ivone Soares, doaram para o município 13,8 hectares, área avaliada em R$ 1,1 milhão, por onde passaria o trajeto da avenida projetado para duas pistas e ciclovia. Ao longo destes 5 anos, o projeto dos dois acessos esbarrou em várias questões, desde a demora da Prefeitura para conceder a licença ambiental; pelo menos três projetos elaborados pelo Departamento de Planejamento foram devolvidos pela Agesul.

O Estado chegou a anunciar recursos em 2016, R$ 412 mil, para a obra, o dinheiro teve outra destinação e a obra não foi feita. Enquanto isto o frigorífico, que atualmente emprega 400 funcionários, gera uma movimentação econômica mensal de aproximadamente, R$ 50 milhões, deste total 6%, R$ 3 milhões, são revertidos para o pagamento de ICMS e do Fundersul. A empresa tem um custo adicional de 20% no frete porque faz a desossa na sua unidade em São Paulo.

Em agosto, o deputado Gerson Claro, esteve na indústria, se reuniu com o prefeito e fez gestões junto ao Estado para a pavimentação do trecho final da Rua Dr. Costa Marques ser incluída no planejamento deste ano. Transcorridos cinco meses, como a Prefeitura não entregou o projeto executivo, a Agência Estadual de Empreendimentos desistiu de esperar e vai contratar o projeto.

Por ineficiência do poder público, frigorífico trava geração de 350 empregos em sala de desossa

O projeto básico apresentado pela Prefeitura, orçado em R$ 326.614,11, não contemplou a implantação de 1 km de drenagem, tubulação necessária para a enxurrada não alagar o pátio da indústria e desaguar no Córrego Vacaria.

Com a drenagem, o custo aumento quase 5 vezes, vai passar de R$ 1,5 milhão. A Agesul espera desde outubro que a Prefeitura providencie os 700 caminhões de material necessário para patrolar e aplicar revestimento primário na avenida de acesso pela MS-162. A promessa agora do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck é que em março a obra seja licitada.

Em entrevista ao RN, o prefeito Marcelo Ascoli (PSL) garantiu que já conseguiu parcerias e em 15 dias, terá liberação ambiental para extrair de uma jazida, o material necessário para a pavimentação primária. Ascoli informou que os recursos (asfalto e abertura da estrada) estão garantidos por meio do pacote de obras do Governo do Estado, que será lançado no início do mês de março.