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Sidrolândia

Prefeita diz que é hora de salvar vidas, sem ignorar a importância de preservar a economia

A prefeita diz que não vai ser irresponsável neste momento e ignorar o decreto do Governo do Estado

Flávio Paes/Região News

26 de Março de 2021 - 10:41

Prefeita diz que é hora de salvar vidas, sem ignorar a importância de preservar a economia
Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo durante pronunciamento. Foto: Reprodução/Facebook

Em pronunciamento emocionado, a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, descreveu como “dramática”, a situação do sistema de saúde pública do município, a exemplo do resto do País, diante o agravamento da pandemia do Covid-19.

“Estive ontem três vezes no hospital e pude testemunhar um quadro de casos. São 18 pacientes internados, 6 entubados e há seis pessoas na UPA à espera de vaga. Nos últimos dois dias, foram seis mortes, 10 óbitos na semana. Em menos de 3 meses, morreram 33 pessoas, mais mortes do que as 30 registradas ao longo de todo o ano de 2020. Campo Grande, nossa referência, no tratamento, também está com os hospitais superlotados. Não podemos ignorar a economia, mas neste momento, é necessário, cuidar do nosso bem mais precioso, que é a vida”, destacou Vanda.

A prefeita diz que não vai ser irresponsável neste momento e ignorar o decreto do Governo do Estado que restringiu a 45 setores essenciais o atendimento presencial no comércio até o próximo dia 10 de abril. “Sidrolândia passa por um momento crítico de contaminação, temos que entender. Estou aberta a sugestões e também as críticas, desde que sejam construtivas. Não é no embate, na guerra, que vamos vencer esta situação. Não posso fazer menos que o decreto prevê. As restrições são a única forma de salvar vidas. Não é só Sidrolândia, que passa por esta situação, o mundo  enfrenta este drama”, destacou.

Vanda se emocionou ao falar das vidas perdidas nos últimos dias, inclusive do seu círculo famíliar e de amizade. “Ainda não consegui conversar por telefone com uma tia residente no interior de São Paulo, passar uma palavra de consolo, chorar com ela, a morte da filha, minha prima. Meu amigo Odair (que trabalha na portaria do hospital),  não teve tempo de chorar a morte do pai, porque ontem morreu a mãe”.