Relatório mostra redução de 12,49% nos empregos formais e trabalhador com renda média de 1,8 salário mínimo

Os dados consolidados do RAIS (Relatório Anual de Ações Sociais) relativos a 2017, divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram o impacto da recessão em que a economia do País mergulhou a partir de 2015, sobre a oferta de emprego com carteira assinada em Sidrolândia. Em 2017, a cidade tinha 9.323 trabalhadores no mercado informal (incluindo os servidores públicos). Neste ano, este contingente caiu para 8.158, ou seja, redução de 1.165 empregos.

No setor industrial, por exemplo, que em 2017 foi reforçado com a entrada em funcionamento do Frigorifico Balbinos, compensando em parte a perda de empregos com o fechamento da Indústria Via Blumenau, caiu de 3.103 para 3.020 o número de empregos gerados. O setor de serviço, reduziu de 1.537 para 1.339 o seu quadro de pessoal.

O RAIS revela que o trabalhador sidrolandense tem uma renda média de R$ 1.877,22, o equivalente a 1,8 salário mínimo, em parte puxada pelo poder público, que tem uma renda média maior (R$ 2.684,77), beneficiando 1.503 funcionários. No caso, por exemplo, da indústria, que concentra a maior parte dos empregos formais (3.103), o salário médio é de R$ 1.633,22.

A média é ainda menor, R$ 1.335,04, no caso da função de alimentador de linha de produção, que emprega o maior número de trabalhadores na indústria, 1.038 funcionários. Quem atua como desossador, atividade que gera 421 empregos, a média salarial é de R$ 1.396,72. O comércio, com 1.496 empregados, paga em média R$ 1.809,52 e na agropecuária, com 1.739 empregos, R$ 1.605,51. A atividade de prestação de serviço, com 1.339 empregos, garante um salário médio de R$ 1.873,14.

Esta baixa renda média, se reflete nos dados sobre a distribuição de renda na cidade, que servem de parâmetro para a concessão de benefícios sociais, como bolsa família e o vale renda. Em Sidrolândia há 3.399 famílias com renda per capita familiar de até R$ 85,00; 1.227 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00; 1.640 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo; 1.464 com renda per capita acima de meio salário mínimo.

São 5 mil famílias com renda per capta de até meio-salário mínimo (R$ 477,00) das quais 3.562 recebem o bolsa família, das quais 444 são indígenas; 1.982, assentados; 5 de catadores de recicláveis e das 804 famílias acampadas, só 167 recebem o benefício, que injeta na economia da cidade, R$ 634 mil por mês.