Sidrolândia
Secretário crítica estrutura e pede maior envolvimento da sociedade nos investimentos a Saúde
Flávio Paes/RN
21 de Fevereiro de 2021 - 19:30
Na sua passagem por Sidrolândia no último sábado, quando voltou a receber pedidos de mais recursos, o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, deu um puxão de orelhas coletivo, direcionado aos gestores públicos da saúde, dirigentes do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, mas também extensivo a toda a sociedade.
"A construção de uma saúde de qualidade não é obrigação apenas do poder público, mas de toda a comunidade, especialmente os empresários, fazendo doações como uma empresária de Rio Brilhante que doou R$ 1 milhão para o hospital local comprar equipamentos e pagar dividas trabalhistas. O poder público não tem os recursos necessários, sofre o impacto de uma economia dilapidada pela pandemia", revela. O secretário fez uma dura avaliação da estrutura de Saúde de Sidrolândia que ao seu ver hoje está bem abaixo das necessidades de uma cidade de 60 mil habitantes, limita-se praticamente a encaminhar ambulâncias para Campo Grande, sobrecarregando a estrutura de atendimento da Capital, além de colocar em risco a vida dos pacientes e de quem os acompanha no translado.
Na opinião de Geraldo, a estrutura de saúde de Sidrolândia é pior que a de municípios com 1/3 da sua população, como São Gabriel do Oeste. Enquanto o hospital sidrolandense sequer dispõe de um aparelho de ultrassonografia, Costa Rica, município com menos de 25 mil habitantes, tem um mamógrafo, aparelho de tomografia computadorizada, faz cirurgias a lazer e procedimentos cirúrgicos eletivos, o Elmiria Silvério Barbosa tem que encaminhar suas gestantes para fazer cesariana em Campo Grande.
Elen Nantes por exemplo, mãe de Joaquim Lucas, primeiro sidrolandense nascido em 2021, teve de viajar à Capital, onde foi atendida na Maternidade Cândido Mariano. Lucas também foi o primeiro bebê de 2021 do Estado.