Sidrolândia
Sidro Pesc reúne famílias e amigos em edição que teve esportes radicais no Parque do Lago
Parque Ecológico do Vacaria, reuniu 398 pescadores amadores que tiveram inscrição deferida pela Sedetur.
Marcos Tomé/Região News
18 de Novembro de 2018 - 22:18
A 4ª edição do Sidro Pesc, transcorrida neste domingo (18) no Parque Ecológico do Vacaria, reuniu 398 pescadores amadores que tiveram inscrição deferida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. “O número máximo foi limitado a 400 pescadores pelo Corpo de Bombeiros por questões de segurança”, disse ao RN a advogada Elaine Brito, responsável pela pasta.
Muitos chegaram bem antes da abertura oficial dos portões que dá acesso lago, foi o caso do construtor civil, Sérgio Rodrigo, de 45 anos. Ele conta que chegou ao parque por volta das 7h da manhã acompanhado do casal de filhos; Rayane Aparecida Ferreira (10) e Sergio Otávio, de 9 anos.
Quando ouvido pela reportagem o construtor já havia pegado dois exemplares de pacu. “Estou muito feliz hoje”, conta a reportagem ao lamentar que sua esposa, a dona de casa Maria Aparecida Ferreira (37), foi impedida de adentrar ao local de pesca porque resolveu acompanha-lo de última hora e não tinha a credencial da inscrição.
“Gostaria muito que ela estivesse aqui comigo e as crianças. Pegamos dois peixes enormes”, comemora. O pescado de Sérgio Rodrigo pesou 5.278 kg, que lhe rendeu o terceiro lugar na classificação geral no quesito peso. O primeiro peixe do construtor contabilizou 3.440 kg e 56 centímetros de cumprimento; o maior exemplar entre os pescadores.
Pelo feito, Sérgio faturou o prêmio de “Maior Peixe” e levou pra casa, além do pescado, um cheque de R$ 400,00, das mãos do prefeito Marcelo Ascoli e da primeira dama, Ana Lídia Ascoli. Usando ração para cães, quem também não saiu de mãos abanando foi Edson da Silva de Oliveira, de 35 anos. Nos primeiros 20 minutos de pesca conseguiu pegar um pacu de 1.530 kg.
Vale tudo na hora de arremessar o anzol na água em busca do melhor pescado. O produtor rural José Roberto de Paula, de 62 anos, estava acompanhado do neto, o acadêmico de agronomia, Douglas de Paula Nazareth. Ele conta que só não havia feito ainda nenhuma “mandinga” para atrair o cardume para tentar sair do zero a zero.
“Já tentei fisgar o bicho com tudo que tipo de isca”, conta Zé Medonho, como é conhecido, a reportagem. O neto de 21 anos contou que nos apetrechos de pesca tinha isca de minhoca, bolinhos de missô, manga, laranja e até milho verde. “Falaram-me que esses peixes aqui do lago são ‘meio fitness’, então, preparei um banquete de frutas típicas da região”, brinca ao dizer que não ia decepcionar a patroa que estava em casa aguardando a mistura para o almoço.
Pescar é bom, mas pescar e rever amigos é ainda melhor. Foram estas as palavras do ex-diretor de esportes, Cristiano Candido Maia, durante bate papo com a reportagem. Acompanhado de alguns amigos, entre eles, Ari de Oliveira, de 68 anos, o “Tochinha”. Mais do que o prazer da pesca, para “Maia”, o evento além de saudável, reúne amigos e familiares numa atividade recreativa extremamente importante para construir e reforçar laços.
Antônio Cezar Ferreira de Souza, de 42 anos, pescou três exemplares de pacu. Na balança o pescado pesou 7.240 kg que lhe rendeu o 1º lugar da 4ª edição do Sidro Pesc. Antônio levou para casa o cheque de R$ 600,00. Para o prefeito Marcelo Ascoli, o evento foi um sucesso. “Um evento muito bem organizado, sem nenhum incidente onde os familiares puderam participar ativamente das atividades”, conclui.
Aventura
Para os mais aventureiros, um guindaste com 45 metros de altura transformou o pátio da Casa da Cultura num cenário ideal para esquentar o sangue com muita adrenalina. Uma agência de turismo, a Flap Viagens, trouxe pela 1ª vez a cidade o Bunguee Jump, que na prática, consiste em saltar num vazio amarrado aos tornozelos.
O estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Sidrônio Antunes de Andrade, Eduardo Martins, de 16 anos, foi um dos corajosos que resolveu encarar o desafio. Ele conta que foi premiado com um ingresso numa atividade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), onde estuda cursos técnicos. “Foi muito legal. No começo fiquei com medo, mas quando estava lá em cima, foi de boa”, conta.
Artesanato
Domingo de pesca no lago é também dia de faturar, expor produtos e claro, mostrar talento. Foi com este intuito que o casal; Licinio Garai, de 36 anos e a esposa, a artesã Sirlei Peralta (39) foi para o Parque Ecológico do Vacaria. Há 4 anos ela faz verdadeiras obras de arte com uma matéria-prima comum; pneu velho em desuso.
O casal levou inúmeras peças para exposição durante a 4ª edição do SidroPesc. A artesã garante que chega a faturar mais de R$ 2 mil por mês só com as obras de arte, um ótimo incremento na renda do esposo que é motorista da Prefeitura. “Adoro este serviço. Pra mim a arte é tudo. Fico imaginando e criando coisas. Às vezes pego alguns modelos na internet”, conta.