Sidrolândia
Tribunal mantém preso rapaz que estocava 4,1t de maconha em lote no Eldorado
Na mesma operação os policiais apreenderem na Capital mais 3,1 toneladas do entorpecente quando era descarregado num galpão.
Redação
25 de Setembro de 2022 - 20:23
Na última quinta-feira (22) a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou por unanimidade o pedido de habeas corpus e manteve preso Ronaldo de Oliveira Santos, 28 anos, que transformou num entreposto de droga trazida do Paraguai um lote no Eldorado II.
Numa operação realizada no último dia 23 de junho o Batalhão de Choque da Polícia Militar apreendeu no assentamento 4,1 toneladas (4.173 kg) de maconha destinadas a comercialização em Campo Grande. Na mesma operação os policiais apreenderem na Capital mais 3,1 toneladas do entorpecente quando era descarregado num galpão, alugado por Ronaldo, na Rua Padre João Rufino, no Jardim Itamaracá.
Na ocasião também foram presos Bruno Tadeu Candido de Barros, de 28 anos, Deivison Flavio Mel de Barros, de 27, Edmar Alves Ferreira, 32, Felipe Odilon Gomes, 31, Jesse Ferreira Alves Junior, de 33, José Carlos Gonçalves, 59, Marcos Antônio Nascimento de Brito, 45 e Ricardo Franco de Freitas, que participavam da logística de transporte, distribuição e venda da droga.
Ao negar o pedido de habeas corpus, elaborado de forma manuscrita pelo próprio Ronaldo, os desembargadores endossaram o parecer do relator, desembargador Jonas Hass Silva Junior, que não levou em conta o argumento de que Ronaldo teria de ser colocado em liberdade porque teria problemas de saúde (doenças auditivas e visuais), prevalecendo o entendimento de que a quantidade de droga apreendida (7,2 toneladas nos dois pontos de armazenamento) justifica mantê-lo preso porque praticou um crime tipificado como hediondo.
Pesou contra Ronaldo os antecedentes criminais dele. Em 21 de junho foi preso com 1.513,40 kg de maconha depositados num galpão na Rua Américo Carlos da Costa, no Jardim América. A droga era transportada num caminhão Iveco. Teve condenação em primeira instância a 10 anos de prisão, pena reduzida pela metade, a 5 anos, pelo Tribunal de Justiça em 27 de julho de 2021.
Operação
A apreensão das 7,2 toneladas de maconha que Ronaldo tentava traficar, foi desencadeada a partir de denuncia feita ao Batalhão de Choque da PM sobre um galpão na Rua Padre João Delfino, no Jardim Itamaracá, utilizado para armazenamento e distribuição de drogas.
Ao chegarem ao local os policiais viram movimentação de quatro homens descarregando diversos fardos. Os militares se aproximaram e os suspeitos perceberam, momento em que começaram a quebrar celulares. Eles foram abordados e quando o Choque constatou que se tratava de drogas, deu voz de prisão aos quatro.
No local, também havia um caminhão baú de placas de Carapicuíba (SP), carregado com diversos fardos de maconha. Um dos homens era responsável por dirigir o caminhão e receberia R$ 4 mil pelo serviço. Ele buscava a droga armazenada em uma chácara próxima ao município de Sidrolândia e voltava ao galpão no Itamaracá.
Outros dois receberiam R$ 500 para carregar e descarregar o entorpecente. Já o outro alugou o galpão há aproximadamente três meses, sendo que receberia mensalmente R$ 1 mil para manter o contrato de aluguel em seu nome e tomar conta do galpão.
O responsável pelo aluguel confessou que seus contratantes com idade de 33 anos e 32 anos seriam moradores de Ponta Porã e estavam em uma camionete Toyota Hilux, placa de Ponta Porã, pois seriam os responsáveis por enviar a droga da região de fronteira para Campo Grande e realizar os pagamentos aos demais envolvidos.
Também revelou que junto aos ocupantes da Hilux havia outros três homens, de 28, 29 e 49 anos, em um Renault Sandero. Os cinco aguardavam em um posto de combustíveis. O Choque foi ao local, abordou e prendeu os suspeitos. O motorista do caminhão passou o local exato da chácara onde buscava a droga, onde foram apreendidos mais fardos de maconha.