Sidrolândia
Usuários de drogas reincidentes, perfil médio dos autores de furtos em Sidrolândia
De janeiro até agora foram registrados na Polícia Civil 335 boletins de ocorrências de furtos, 52 nos últimos 45 dias.
Redação/Região News
16 de Outubro de 2022 - 20:32
A partir da avaliação do histórico dos autores de alguns furtos registrados em Sidrolândia presos pela Polícia, não é difícil traçar o perfil dos marginais. São via de regra usuários de drogas, boa parte deles residentes em barracos no Núcleo Jatobá, que furtam desde celulares, eletrodomésticos, roupas, material de construção, bicicleta ou qualquer objeto capaz de atrair o interesse dos receptadores. Praticar furtos e roubos é a forma que encontram para financiar o próprio vício. Beneficiados pelas brechas na legislação que é condescendente com quem pratica crimes de menor poder ofensivo (quando se usa de violência para a prática), voltam às ruas poucos horas após serem presos. Como não tem renda, são postos em liberdade mesmo sem pagar a fiança fixada na audiência de custódia.
De janeiro até agora foram registrados na Polícia Civil 335 boletins de ocorrências de furtos, 52 nos últimos 45 dias.
Um exemplo que encaixa nesta descrição é Rogério Aparecido Tozete, de 40 anos, surpreendido por populares no sábado à noite, carregando num carrinho 7 treliças que acabara de furtar numa construção na rua Oscar Pereira de Brito esquina com a Dr. Antônio Correa da Costa. Ele tentou vender para um morador das proximidades as treliças de ferro por R$ 30,00 valor bem abaixo dos R$ 2.800 que custam no mercado.
Rogério, é uma figura conhecida da Polícia. No último dia 20 de setembro, ele foi surpreendido por uma guarnição da PM carregando uma bateria Bosch de 75 amperes. Ao ser abordado pelos policiais admitiu que estava perambulando na região central, após passar o dia tomando bebida alcoólica, quando viu um caminhão Ford Cargo da CG Sinalização, estacionado na esquina da Rua São Paulo com Lucia de Souza Melo. Não teve dúvida, retirou a bateria.
Preso em flagrante, na audiência de custódia, realizada no mesmo dia, foi colocado em liberdade pela Justiça, porque alegou não ter condições de pagar a fiança arbitrada pela delegada Bárbara Ribeiro, em R$ 1.212,00. Este mesmo enredo foi “encenado” no último dia 13 de setembro, quando a Polícia Militar prendeu Luigi Ocampo de Jesus, que horas antes, conforme mostraram as câmeras de monitoramento do Restaurante Brasetto, havia furtado a bicicleta de um funcionária. Quase diariamente Luigi passava pelo restaurante pedindo que lhe dessem comida. Revelou aos policiais que trocou a bicicleta por 12 pedras de crack, vendidas por R$ 50,00.
O suspeito ficou menos de 24 horas preso. Saiu pela porta da frente do Fórum após ao fim da audiência de custódia iniciada às 15h30 no dia 14 de setembro, quando foi beneficiada com a liberdade provisória, sem pagar a fiança de R$ 1 mil. Luigi tem extensa ficha criminal, com passagens pela Polícia desde adolescência. No currículo, furtos, tráfico de drogas, violência doméstica, crimes praticados em Campo Grande, Nioaque e Jardim. Em setembro de 2021, o rapaz que tem 21 anos, foi condenado pela juíza Larissa Luiz, da Comarca de Nioaque, a 3 anos e 4 meses de reclusão em regime aberto, convertidos em serviços comunitários. O fato de ter cometido os crimes dos quais era acusado.
Luigi no dia, 31 de janeiro de 2020, arrombou duas lojas (a Cristal Modas e a Grife do Rei), levando roupas, sapatos, notebook, celular, dentre outras itens. Só ficou preso até 28 de setembro, 9 meses após ser capturado pela polícia.