Com queda de 31,32% nas exportações, Sidrolândia cai para 13⁰ no ranking estadual

Sidrolândia terminou 2024 em 13⁰ lugar no ranking estadual de exportações, queda de duas posições em relação a 2023. O resultado foi influenciado pela queda de 31,32% nas exportações, que caíram de U$ 186,6 milhões para U$ 128,4 milhões.

O superávit comercial (diferença entre exportações e importações), retraiu, 44,83%, de US$ 184,8 milhões para US$ 101,6 milhões. O resultado foi influenciado pela redução na queda nas vendas externas da soja e do faturamento com a comercialização do frango, carro-chefe das vendas sidrolandenses no exterior. As exportações tiveram redução de 51,4%( de 53,5 mil para 29,6 mil toneladas). No caso da soja, o volume caiu 4,79% (de 31,1 mil toneladas para 29,6 mil), enquanto o faturamento teve queda ainda maior (84,06%), de US$ 78,1 milhões de US$ 12,6  milhões, reflexo da desaceleração dos presos do grão.

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No caso do frango, as exportações caíram 7,29% (de 35,6 para 31,1 mil toneladas), enquanto o faturamento, 7,9% (de US$ 78,1 para U$ 72,4 milhões). O maior parceiro comercial é a China (US$ 25,6 milhões).

Panorama estadual

Mato Grosso do Sul fechou 2024 com superávit de US$ 7,1 bilhões na balança comercial, impulsionada pelas commodities e produtos agrícolas. Os dados são da Carta de Conjuntura da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Segundo o levantamento, as exportações ficaram em US$ 9,969 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 2,808 bilhões no acumulado do ano.

Entre os principais produtos exportados, a soja liderou a pauta, representando 28,7% do valor total das exportações, ou o equivalente a US$ 2,8 bilhões. Em seguida, destacou-se a celulose, com 26,6% de participação e volume de US$ 2,6 bilhões. O valor das exportações de celulose registrou um aumento de 79,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na avaliação da economista Bruna Mendes, assessora especial de Economia e Estatística da Semadesc, Mato Grosso do Sul tem exibido um sólido desempenho nas exportações, impulsionado por commodities e produtos agrícolas.

"O constante superávit comercial destaca a capacidade econômica do Estado. As exportações aumentaram de US$ 383,4 milhões em 1997 para US$ 10,6 bilhões em 2023, com um salto significativo a partir de 2005 na série histórica" ressalta Bruna.

Ela pontua ainda que houve crescimento nas exportações nos últimos meses, desde o ano passado o último pico foi em maio de 2023. O superávit comercial manteve-se constante, indicando um balanço positivo.

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Já na importação o gás natural destaca-se, compondo 41,3% do montante total, seguido por Adubos (11,3%) e Cobre (7,6%). Em termos de destino das exportações, a China permanece como o principal comprador dos produtos do MS, representando cerca de 45,4% no valor total do ano. Em destaque nas exportações do MS, a Turquia que registrou um aumento de 158,6% e os Emirados Árabes Unidos com 101%, ambos comparados com o mesmo período de 2023.

Setores de Atividade

Na análise dos setores exportadores, a economista destaca o desempenho da Indústria de Transformação que cresceu 25,13% em receita e 12,42% em volume. Em contrapartida, a Agropecuária caiu 36,7% em valor e 35% em movimentação de cargas.

“A retração na receita do setor é atribuída à queda nos preços de produtos agrícolas e ao aumento das importações” salientou Bruna Mendes. A indústria extrativa também apresentou retração, com 26,6% no valor e 44% no volume.

Dados por Município

No contexto regional, Três Lagoas lidera com uma participação de 26,2% no valor total exportado, registrando um avanço de 45,3% em relação ao ano anterior, com US$ 2,6 bilhões. Dourados, em segundo lugar, sofreu uma retração de 43,1%, enquanto Campo Grande teve uma leve expansão de 4,4%, somando US$ 532 milhões em receita de exportações.