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SIDROLÂNDIA- MS

Do serviço braçal a ordenha leiteira; mulheres protagonizam em travessão no Alambari

Elas cumprem todas as tarefas para a produção dos sítios de 8,2 hectares. Antes das 5 horas da manhã estão de pé na lida.

Redação/Região News

20 de Março de 2023 - 16:30

Do serviço braçal a ordenha leiteira; mulheres protagonizam em travessão no Alambari
Mulheres durante reunião de produtoras. Foto: Divulgação.

Num pequeno trecho do território sidrolandense do tamanho de 221 campos oficiais de futebol, o empoderamento feminino não é só uma figura retórica,  por força das circunstâncias, já é uma realidade há 18 anos. É o Travessão das Mulheres no Eldorado I, núcleo do MST onde 27 lotes são administrados por mulheres que receberam as glebas do Incra ou ao longo do caminho, se separaram dos companheiros ou enviuvaram.

Elas cumprem todas as tarefas para a produção dos sítios de 8,2 hectares. Antes das 5 horas da manhã estão de pé na lida. Quem, por exemplo, tem produção leiteira faz a ordenha das vacas. Sob a liderança de dona Lourdes Pereira no sábado elas se reuniram para trocar ideias, experiências e aproveitaram a presença da secretária de Assistência Social, Aletânia Ramirez e da vereadora Joana Michalski, para mostrar a elas na prática a técnica da produção caseira de sabão em barra.

No Eldorado I, núcleo do MST onde 27 lotes são administrados por mulheres que receberam as glebas do Incra ou ao longo do caminho, se separaram dos companheiros ou enviuvaram. 

Dona Lourdes, a “Tia Lourdes” como é conhecida, que é mãe de 3 filhos, até o ano passado morava sozinha, agora tem a companhia de um deles. Está há 18 anos no assentamento, após cumprir uma longa jornada acampada. Nestas quase duas décadas achou tempo para concluir os estudos, se formou em História na Universidade Federal de Dourados. A experiência que vivenciou com suas vizinhas agricultoras foi o tema da monografia de conclusão do curso.

Do serviço braçal a ordenha leiteira; mulheres protagonizam em travessão no Alambari
Reunião das mulheres durante visita da secretária de Assistência. Foto: Divulgação,

No seu lote, o de número 13, se dedica a produção de até 50 litros de leite por dia, vendido in natura nas redondezas ou usa como matéria-prima do queijo que comercializa na região. Tem criação de galinha e prática a agricultura ecológica de subsistência .