SIDROLÂNDIA- MS
Jatobá, 6 anos após a ocupação, concentra 1,1% da população e coloca Sidrolândia no mapa de favelas
O Jatobá abriga 535 moradores, o que corresponde a 1,14% da população de Sidrolândia, estimada em 50 mil habitantes.
Redação/Região News
11 de Novembro de 2024 - 13:20
Iniciada há seis anos, a ocupação da antiga esplanada ferroviária, que deu origem à Comunidade Jatobá, inseriu Sidrolândia no mapa do IBGE das cidades brasileiras com presença de favelas. Atualmente, o Jatobá abriga 535 moradores, o que corresponde a 1,14% da população de Sidrolândia, estimada em 50 mil habitantes. Proporcionalmente, há mais pessoas vivendo em favela em Sidrolândia do que em Campo Grande, onde os 7.862 habitantes em situação semelhante representam 0,90% da população de pouco mais de 900 mil pessoas. No geral, apenas 0,25% da população sul-mato-grossense mora nas 31 favelas distribuídas por oito municípios do estado.
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Um levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social aponta que, das 211 famílias que vivem no Jatobá, aproximadamente 110 não atendem aos critérios de baixa renda, de ocupação anterior a 2017 e de ausência de outros imóveis. Esses critérios são exigidos para a regularização fundiária conforme a lei federal do REURB. Em 2023, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) entrou na Justiça contra a Prefeitura, solicitando a remoção dos ocupantes da antiga esplanada. Dos 14,9 hectares da área, 9,9 são administrados pela SPU, enquanto os outros 5 hectares estão sob a gestão do DNIT, autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes.
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O IBGE identificou 55 casas em construção na comunidade, onde a idade média dos moradores é de 25 anos. Há 18,2% de idosos para cada 100 jovens com até 14 anos. Em termos de composição étnica, 61,12% dos moradores se identificam como pardos, 32,34% como brancos, 5,23% como pretos, 1,12% como indígenas e 0,19% como amarelos.
No Jatobá, assim como em qualquer bairro, as desigualdades sociais são evidentes. O espaço é compartilhado por casas de alvenaria e barracos construídos de forma precária; muitos moradores dependem de gambiarras e ligações clandestinas para obter água e energia elétrica. A comunidade também enfrenta problemas com pontos de venda e distribuição de drogas.