SIDROLÂNDIA- MS
Juiz determina que 'Avatar' fique isolado no presídio e dá 72 horas para Saúde providenciar tratamento psiquiátrico
O assassino confesso tem dois diagnósticos de esquizofrenia, enfermidade que o coloca na condição de inimputável, ou seja, não teria consciência.
Redação
04 de Janeiro de 2025 - 12:35
O juiz Bruno Henrique dos Santos, plantonista da Coordenadoria de Audiência de Custódia, concedeu alvará de soltura com liberdade provisória para J.L.B, 28 anos, um dia depois de Avatar, como é conhecido, ter assassinado o colega de cela, Thyago Romero. O assassino confesso tem dois diagnósticos de esquizofrenia, enfermidade que o coloca na condição de inimputável, ou seja, não teria consciência do crime, o segundo homicídio cometido por ele no presidio.
Como o detento oferece risco à terceiros, o juiz determinou à direção do presídio que nas próximas 72 horas Avatar fique isolado na cadeia até ser concluído um laudo sobre a saúde mental dele. O magistrado determinou que haja uma escolta para garantir a segurança dos profissionais possam quando forem atendê-lo. Eles estão autorizados a aplicar medicação intravenosa mesmo contra a vontade dele. Na decisão o juiz determina que após esse novo laudo, o detento seja internado numa instituição psiquiátrica referenciado pelo CAPS.
Em setembro de 2022, dentro da Penitenciária Gameleira II, Avatar matou Renato Geovane, por motivos também desconhecidos. Na ocasião, estava preso pelo assassinato de Ivonete Bartolomeu, 64 anos, crime ocorrido naquele mesmo ano em Sidrolândia. Na época, Juliano confessou que matou a idosa "sem motivo".
Em agosto de 2022, Avatar já havia sido considerado inimputável por conta da doença mental. Há, inclusive, determinação do juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva para a internação de J.L.B em unidade compatível com a patologia que ele apresenta. É a segunda ordem da Justiça, mas sem retorno e Avatar continua cumprindo pena em presídio comum.
A vítima
Thyago Romero Ormond, de 38 anos, morto por J. L.B na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande respondia a pelo menos 16 roubos e furtos. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
Romero tinha inúmeras passagens pela polícia e respondia a processos no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) - a maior parte por roubos e furtos. Também constam no nome dele posse de droga, ameaça, crimes contra o patrimônio e crimes de trânsito.
Thyago Romero foi assassinado por Avatar na quinta-feira, 2 de janeiro. Os dois internos ocupavam a ala psiquiátrica da Máxima. Avatar confessou o crime afirmando ter recebido “ordem divina” e foi autuado em flagrante pelo homicídio. A vítima foi encontrada com lesões na cabeça, mas não há informações detalhadas da forma como foi agredido e morto.