Em Sidrolândia, mais de 87% dos novos empregos oferecem remuneração de até 1,8 salário mínimo

Os dados do CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao ano passado, mostraram que em Sidrolândia, mais de  87% dos trabalhadores conseguiram o primeiro emprego ou voltaram a trabalhar recebendo até R$ 2.594,71, o equivalente a 1,8 salário mínimo. Eles ocupam postos de trabalho que exigem no máximo o Ensino Médio de Escolaridade. Uma quantidade expressiva deles (34,9%), conseguiram empregos com remuneração ainda menor (R$ 2.015,67). São funcionários que nem concluíram o antigo 2⁰ Grau.

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O reflexo da evasão escolar entre os adolescentes quando terminam o Ensino Fundamental e ingressam no Ensino Médio também impacta o perfil dos trabalhadores: 65% dos contratados para vagas de emprego com exigência de menor qualificação, são jovens entre 17 e 29 anos que saíram essa etapa escolar. Dos 3.813 trabalhadores desta faixa etária que forem contratados, 2.486 estudaram (65,11%) frequentaram no máximo 10 anos os bancos escolares.

Só 7,2% dos contratados, com ensino superior incompleto ou com formação universitária, encontraram emprego que garantiu a eles salários acima de R$ 3.000,92, remuneração média paga na cidade. Houve abertura de apenas 73 empregos em que se exigiu formação universitária, com remuneração média de R$ 6.477,90.

O painel de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego), mostra que 60% dessas oportunidades de trabalho são no poder público. Do total de 1.626 trabalhadores que tem curso superior, 988 são servidores públicos (especialmente da Prefeitura) e 638 atuam da iniciativa privada. Neste segmento, há predominância de mulheres que ocupam 63% das vagas, basicamente na área pública (70%) e no setor de serviços da área privada.

Novos empregos

De acordo com o CAGED, ano passado aumentou em pelo menos 7% a geração de emprego com carteira assinada em Sidrolândia. Mesmo sem computar dezembro, as 899 oportunidades de empregos abertas nos primeiros 11 meses de 2024,  já superam o resultado do ciclo inteiro de 12 meses de 2023 que fechou com saldo de 850 entre contratações e demissões.

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Nos primeiros 11 meses do ano passado foram criados 893 empregos (ante os 809 de igual período de 2023), entre janeiro e novembro. O penúltimo mês de 2024 registrou abertura de 64 novos empregos, resultado pior que igual período de 2023 (quando foram registradas 193 vagas) e houve desaceleração também em relação a outubro (120 vagas).

No acumulado de janeiro a novembro, dos 6.229 trabalhadores demitidos, 1.257 (mais de 20%) ficaram fora do mercado com carteira assinada até 5 meses, período máximo de recebimento das parcelas do seguro desemprego. Ou seja quem começou a receber o benefício em julho, a partir de janeiro terá de voltar a trabalhar.

As estatísticas do CAGED não captaram os 2.500 trabalhadores recrutados para implantação do complexo industrial da Inpasa na cidade. Foram operários contratados, principalmente em estados do Nordeste pelas terceirizadas com CNPJ em outras cidades, que engrossaram suas estatísticas de geração de empregos com o empreendimento ainda em processo de implantação na cidade.