SIDROLÂNDIA- MS
TJ volta a negar habeas corpus e mantém presos envolvidos na morte do pintor Magno
Na última sexta-feira, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, mais um pedido de habeas corpus em favor dos réus.
Redação/ Região News
08 de Dezembro de 2024 - 21:39
Os quatro acusados pela morte do pintor Magno Fernandes, enterrado vivo no quintal da casa onde morava, na Rua Evaristo Roberto Ferreira, permanecerão presos. Na última sexta-feira, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, mais um pedido de habeas corpus em favor dos réus.
Desta vez o advogado dos réus, Benedito Arthur de Figueiredo, tentou convencer os desembargadores de que eles deveriam ser colocados em liberdade porque após 6 meses na cadeia o juiz ainda não teria agendado a audiência de instrução e julgamento, caracterizando "constrangimento ilegal por excesso de prazo na formação da culpa".
Contudo, a 3ª Câmara Criminal acatou o parecer do relator, que apontou que a demora ocorreu por responsabilidade da própria defesa, que apenas respondeu às acusações no último dia 11 de novembro.
Na semana passada o juiz Fernando Moreira Freitas marcou para o dia 12 de fevereiro, as 13 horas, a audiência de instrução e julgamento.
O Caso
Magno Fernandes desapareceu em maio do ano passado, mas sua família só registrou o boletim de ocorrência em novembro. As investigações avançaram após Natally procurar a polícia para denunciar ameaças feitas por João Pedro, um dos acusados, três meses antes do corpo ser encontrado. Ela relatou que João afirmou que faria com ela o mesmo que fez com Magno, embora, à época, tenha considerado a ameaça como blefe.
João Pedro inicialmente negou envolvimento no crime, mas depois confessou e forneceu detalhes sórdidos, implicando os outros dois participantes, Otávio e Jailson. Ele revelou que os três foram até a casa de Magno, onde uma luta corporal começou. Otávio imobilizou a vítima enquanto João o golpeava repetidamente com um martelo até que ele desmaiasse.
Depois, no quintal, o trio decidiu enterrá-lo ainda vivo. Antes disso, João relatou que golpeou Magno novamente com o martelo, e os três se revezaram esfaqueando-o várias vezes na barriga. Apesar da brutalidade, Magno ainda estava vivo quando foi enterrado. A motivação para o crime continua nebulosa, mesmo após o avanço do processo.