Sidrolandia
André promete não puxar conversa sobre política com Lula
Redação de Noticia
23 de Abril de 2010 - 10:28
O governador André Puccinelli (PMDB) confirmou que irá ao encontro do presidente Lula no próximo dia 30 no município de Ponta Porã. No entanto, prometeu não falar sobre eleições.
Apesar de inclinado a apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra, à Presidência da República, André Puccinelli ainda não anunciou oficialmente para quem irá pedir votos nas eleições deste ano.
Abordado por repórteres, há dias, sobre quando irá se decidir, o governador fixou o dia 15 deste mês para anunciar seu destino político. Porém, resolveu não cumprir o calendário.
A idéia de André Puccinelli agora é conversar com o presidente Lula no fim do mês, aproveitando sua visita a Ponta Porá, onde se encontrará com seu colega paraguaio, Fernando Lugo.
Em entrevista à imprensa da Capital, o governador disse que vai ao encontro institucional na condição de convidado e que não vai falar sobre sucessão. No entanto, promete mudar de idéia se instigado pelo presidente.
Se ele quiser conversar, eu converso, mas quem tem que querer é ele, disse o peemedebista, cuja estratégia é tirar o ex-governador Zeca do PT da disputa, usando como argumento o fato de o PMDB ser aliado ao presidente em nível nacional, devendo inclusive indicar o vice na chapa da ex-ministra Dilma Rousseff.
A proposta é montar palanque para a candidata petista ao Palácio do Planalto em Mato Grosso do Sul, possibilidade que pode culminar com o recuo do PSDB, principal aliado do PMDB no Estado.
Reviravolta
Aliado de primeira hora do PMDB, liderado pelo governador, o PSDB se diz preparado para eventuais reviravoltas políticas em Mato Grosso do Sul.
Na prática, isso significa que o partido tem um plano B caso a aliança antiga que mantém com o governador desde o primeiro mandato do peemedebista como prefeito de Campo Grande, não seja reeditada.
Pelo menos essa é a leitura da senadora Marisa Serrano, vice-presidente do diretório nacional do PSDB. Ela acha que o apóio ao PMDB será retirado na hipótese de o governador não ficar com o candidato tucano à Presidência da República, José Serra (SP), preferindo apoiar Dilma Roussef (PT) à sucessão presidencial.
Indicada pelo comando nacional do PSDB para organizar a agenda de José Serra pelo País afora, Marisa disse que prefere nem pensar nesta possibilidade, mas deixou claro que a ordem no ninho tucano é seguir nessa direção, até porque o seu grupo político tem o compromisso de montar um palanque para o seu candidato em Mato Grosso do Sul.
Nossos partidos não vão coligar com o PT, observou a líder tucana, referindo-se ao DEM e ao PPS, legendas que também integram o Bloco Democrático Reformista, que trabalha em favor da candidatura de José Serra.