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Sidrolandia

Após expulsão e gol contra, Felipe Melo rejeita rótulo de vilão

Felipe Melo passou de melhor em campo no primeiro tempo a forte candidato ao posto de culpado pela eliminação do Brasil na Copa do Mundo.

REUTERS

02 de Julho de 2010 - 16:16

Ele, no entanto, rejeitou após a derrota por 2 x 1 para a Holanda, nesta sexta-feira, o título de vilão e desculpou-se pelo fracasso coletivo da seleção brasileira.

O volante foi para o intervalo da partida das quartas de final como homem do jogo. Firme na marcação e com qualidade na saída de bola, ele ainda deu um passe maravilhoso para colocar Robinho na cara do goleiro na jogada que deu ao Brasil a vantagem de 1 x 0, logo aos 10 minutos.

Mas o sucesso do jogador, que voltou ao time contra os holandeses após recuperar-se de uma lesão, ficou no vestiário. Logo no início do segundo tempo ele marcou um gol contra que deu o empate à Holanda, e ainda foi expulso após pisar na perna de Arjen Robben quando a seleção perdia por 2 x 1, arruinando qualquer chance de recuperação brasileira.

"Sem dúvida nenhuma eu não sou o vilão da Copa de 2010", afirmou o jogador a jornalistas após a partida, que resultou na segunda eliminação consecutiva do Brasil de um Mundial nas quartas de final, após a derrota para a França na Copa de 2006.

"Foi uma falha coletiva que tivemos. Quando eu saí, já estava 2 x 1, infelizmente não deu para reagir. Não é que tomou um gol porque o Felipe Melo foi expulso", acrescentou.

"Eu assumo a minha parcela de culpa, assim como todos nós temos culpa dentro de um coletivo. Peço desculpa aos torcedores brasileiros porque queríamos ser campeões mundiais e infelizmente não deu."

Felipe Melo, de 26 anos, é um jogador que tem uma carreira marcada por jogadas duras e cartões. Antes do início do Mundial, ele tinha sido expulso cinco vezes apenas nas duas últimas temporadas --duas vezes atuando por seu antigo clube, Fiorentina, duas na atual equipe, Juventus, e uma pela seleção do Brasil, na vitória por 4 x 2 sobre o Chile nas eliminatórias para a Copa.

No jogo contra a Holanda, o jogador pisou na coxa de Robben quando o jogador holandês já estava no chão. O brasileiro defendeu-se afirmando que visava a bola, mas não contestou o cartão vermelho.

"Foi uma expulsão normal de jogo. Tem que deixar claro que eu não dei um soco na cara do Robben, não dei uma voadora no Robben, não entrei para quebrar a perna do Robben", afirmou.

"Foi uma jogada na qual o árbitro interpretou que era para cartão vermelho e tenho que respeitar."