Sidrolandia
Banco Mundial deixará de financiar exploração de gás e petróleo depois de 2019
Atualmente, a exploração e a extração de gás e petróleo representam certa de 2% de sua carteira de empréstimos e garantias financeiras do Banco Mundial.
G1
12 de Dezembro de 2017 - 15:37
O Banco Mundial (BM) anunciou nesta terça-feira (12) que deixará de financiar, após 2019, projetos de exploração e extração de gás e petróleo, salvos em casos excepcionais em países muito pobres que tenham interesse nos benefícios de acesso à energia. A informação é da EFE.
O presidente do BM, Jim Yong Kim, oficializou este compromisso durante a cúpula sobre a mudança climática organizada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na capital francesa, coincidindo com o segundo aniversário da assinatura do Acordo de Paris.
Trata-se de alinhar a política de apoio financeiro do BM aos países em desenvolvimento com os objetivos que foram estabelecidos no acordo, cuja meta é limitar o aquecimento global a dois graus centígrados para finais deste século.
Atualmente, a exploração e a extração de gás e petróleo representam certa de 2% de sua carteira de empréstimos e garantias financeiras do Banco Mundial. Kim também antecipou que o BM cumprirá seu objetivo de que 28% de seus créditos, no horizonte de 2020, sejam dirigidos a ações no terreno climático.
A esse respeito, de acordo com seu plano de ação, a instituição informará novos compromissos para depois de 2020 durante a próxima Conferência sobre a Mudança Climática das Nações Unidas (COP24), que será realizada na Polônia em 2018.
"Descarbonização"
Para dar transparência às suas operações que tenham implicações com o processo de "descarbonização" da economia, a partir do próximo ano o BM informará sobre as emissões de gases de efeito estufa nos projetos que financia em setores-chave, como a energia.
Como parte de sua estratégia de mobilização de capital para lidar com os efeitos das mudanças climáticas, o Banco Mundial criou um fundo de títulos verdes destinado a mercados emergentes com uma empresa chamada Amundi, que já atraiu US$ 1 bilhão dos US$ 2 bilhões requeridos.