Sidrolandia
Brasil submisso dos tucanos aos Estados Unidos e Europa.
Ao deixar o Itamaraty, durante o governo FHC, Luiz Felipe Lampreia ofereceu uma boa definição do que o PSDB pensa sobre política externa: O Brasil tem um papel adequado ao seu tamanho.
Emir Sader/RegiãoNews/Claudio P de Souza
24 de Junho de 2010 - 15:13
Brasil submisso dos tucanos
O Brasil tem um papel adequado ao seu tamanho. O Brasil não pode querer ser mais do que é, mesmo porque tem uma série de limitações, a principal das quais é o seu déficit social. A afirmação é do Ministro de Relações Exteriores do governo FHC, Luiz Felipe Lampreia, e dá bem idéia da imagem e do tamanho que eles queriam que o Brasil tivesse para sempre.
Sobre a Área de Livre Comércio das América (ALCA), Lampreia disse: Nós estamos tendo uma posição muito aberta, estamos dispostos a conversar. Os nossos interesses são claríssimos, mas não adianta brigarmos por isto antes da hora. É um assunto em que é preciso que o maior jogador, que são os Estados Unidos, se defina primeiro. Maior subserviência não poderia haver.
Sobre o apoio ao golpe de Fujimori, ele esclarece: Nossa posição não tinha a ver com o Fujimori e sim com o processo eleitoral, única e exclusivamente. Tinha a ver com a questão de não aceitarmos que houvesse uma superposição estrangeira à autoridade eleitoral do Peru.
A entrevista foi dada quando Lampreia deixava o governo, entregando-o a mãos não menos subservientes aos EUA as de Celso Lafer. (JB, 17/12/2000) Este declarou que a explosão das Torres Gêmeas era o começo da Terceira Guerra Mundial palavras também de FHC e que era mais importante do que o fim do campo socialista e da URSS. Tudo isso enquanto tirava o sapato e as meias em aeroporto dos EUA, revelando até onde a subserviência tucana poderia chegar.
Para eles, O Brasil não deveria ser mais do que é. Considera que temos um destino a que devemos corresponder assim como o destino manifesto que os EUA se reivindicam é o de dominar o mundo, o nosso seria o de ser subservientes à dominação deles. Deveríamos estar onde nos colocaram, onde sempre estivemos, estavam contentes e conformados com o papel que os EUA nos reservavam aliados privilegiado, incondicional, subserviente.
Desse destino a política internacional do governo Lula nos livrou, projetando-nos como potência soberana e orgulhosa do novo destino que constrói, junto com os países latinoamericanos e do Sul do mundo. O Brasil e os países do Sul do mundo podem , querem e estão sendo mais do sempre foram, soberanos, emergentes, solidários e rebeldes ao domínio das grandes potencias coloniais e imperialistas.