Sidrolandia
Câmara abre cassação contra Ari e Carlinhos Cantor
Os trabalhos terão duração de 90 dias. A abertura do processo atende a três documentos protocolados na Câmara na última segunda-feira
Dourados Agora
19 de Outubro de 2010 - 13:42
A Câmara de Dourados deu início ao processo de cassação contra o prefeito afastado Ari Artuzi (expulso de partido) e do vice Carlinhos Cantor. Na manhã desta terça-feira o Legislativo instalou duas comissões processantes, que terão a responsabilidade de pedir ou não da perda dos mandados dos denunciados. Os trabalhos terão duração de 90 dias.
A abertura do processo atende a três documentos protocolados na Câmara na última segunda-feira. Um deles contra Carlinhos Cantor e dois contra o prefeito Ari Artuzi. Eles foram elaborados por movimentos populares e Ordem dos advogados do Brasil (OAB). Todos têm como base os relatórios da polícia Federal nas Operações Uragano, Brothers e Owari. Artuzi e Carlinhos Cantor são acusados de quebra de decoro e dos princípios da moralidade e impessoalidade.
A Comissão Processante que vai investigar o prefeito Ari Artuzi, é formada pelos vereadores Laudir Munaretto (presidente), Alan Guedes (relator) e Cido Medeiros (membro).
Já a CP que pode cassar o vice-prefeito afastado Carlinhos Cantor, é formada pelos vereadores: Walter Hora (presidente), Alan Guedes (relator) e Pedro Pepa (membro). A escolha do nome obedeceu o Regimento Interno da Câmara que estabelece indicação das bancadas e sorteio.
Pouco antes da decisão, entidades ligadas ao comitê de Defesa Popular, usaram a Tribuna. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted), José Carlos Brumatti, para que cada vereador tenha a certeza do dever cumprido é de fundamental importância que se agilizem os trabalhos de cassação do prefeito, vice e vereadores envolvidos nas operações da Polícia Federal. O objetivo, segundo ele, é garantir as eleições diretas, ainda este ano.
O movimento popular também pede a quebra de sigilo de informações em ambos os casos. O pedido será remetido a Juiza Dileta Terezinha, da primeira Vara Criminal.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Pedro Lima, acrescentou que além da cassação, a sociedade anseia pela volta da sessão no período noturno. Segundo ele, os trabalhadores que querem prestigiar as sessões, ficam impedidos. A noite, depois de sair do trabalho eles tem maior chance de acompanhar os trabalhos do legislativo, disse. Quanto a esta reivindicação, a Câmara definiu que o horário das sessões voltam ao período anterior: às 18h30 de segunda-feira.