Câmara levanta polêmica sobre máquina de camisinha

A Câmara Municipal de Campo Grande renasceu nesta terça-feira a polêmica sobre a instalação de máquinas de distribuição de camisinhas em escolas públicas. O presidente da casa de Leis, vereador Paulo Siufi (PMDB), usou a tribuna para posicionar-se contrário ao projeto do governo federal, que deverá ter início somente em 2011 e em apenas 3 cidades do País.

De acordo com Paulo Siufi, após ser informado pela imprensa de que o Ministério da Saúde passaria a instalar as tais máquinas no mês de outubro, decidiu apresentar projeto para barrar os equipamentos nas escolas municipais de Campo Grande.

“A infância tem que ser tratada com infância. É uma atitude irresponsável. Quando se fala que as escolas públicas terão máquinas de camisinhas, para que crianças e adolescentes possam fazer uso, não se está falando em educação sexual, mas sim ferindo a pureza da juventude, que pode ter conseqüências irreparáveis no futuro”, declara o vereador.

No entanto, as máquinas de camisinhas devem ser instaladas nas escolas somente no ano que vem, em três capitais brasileiras, de acordo com o programa Saúde na Escola do Governo Federal. Os preservativos estarão disponíveis apenas para alunos do ensino médio (acima dos 15 anos), mediante senhas específicas para retirar as camisinhas.

Siufi disse ainda ser contrário à distribuição do “O Caderno das Coisas Importantes - Confidencial”, uma cartilha com informações sobre relacionamento e sexo na adolescência.

Na avaliação do vereador, o projeto da cartilha fere os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), não há previsão para instalação da máquina de camisinha nas escolas de Campo Grande.