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Campo Grande é 16ª Capital em consumo abusivo de bebidas

Considerando apenas a população masculina, o índice do Brasil (28,8%) é superior ao do Chile (17%), Estados Unidos (15,7%) e Argentina (14%).

Campo Grande News

21 de Junho de 2010 - 16:45

De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde nas 27 capitais do país, Campo Grande ocupa a 16ª posição no ranking das cidades com consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

Conforme os dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 19,1% da população da Capital abusa nas doses de álcool. A porcentagem é superior à média nacional, que é de 18,9%.

O Ministério da Saúde considera excesso de bebida alcoólica cinco ou mais doses na mesma ocasião em um mês, no caso dos homens, ou quatro ou mais doses, no caso das mulheres.

O levantamento mostra que as situações de descontrole na hora de beber são mais frequentes na população masculina. No ano passado, 28,8% dos homens e 10,4% das mulheres beberam demais.

Segundo a Vigitel 2009, o consumo abusivo de bebida alcoólica é mais frequente entre os jovens de 18 a 24 anos (23%). À medida que a idade avança, o número de exageros diminui. De 45 a 54 anos e de 55 a 64 anos, 17% e 10,5% da população relatam que beberam em excesso, respectivamente.

Brasil - Os brasileiros relatam cada vez mais episódios de exageros com bebida. A proporção de pessoas que declaram consumo abusivo de álcool cresceu de 16,2% da população, em 2006, para 18,9%, em 2009. A pesquisa entrevistou 54 mil adultos.

Considerando apenas a população masculina, o índice do Brasil (28,8%) é superior ao do Chile (17%), Estados Unidos (15,7%) e Argentina (14%).

“Esse nível de consumo de bebida é bastante elevado e preocupante, pois é fator de risco para acidentes de trânsito, violência e doenças. Mas nem sempre isso é lembrado porque o álcool está presente na cultura brasileira, associado ao lazer e à celebração”, interpreta a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.

Para frear o consumo excessivo de álcool e os malefícios que envolvem os abusos, o Ministério da Saúde estuda medidas mais restritivas, como a proibição da propaganda de cervejas e a elevação no preço das bebidas.

Essas ações foram incluídas na estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS) contra o problema, anunciada em maio na Suíça. A OMS informa que abusos no consumo de bebida alcoólica matam por ano 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Confira o ranking das capitais no abuso de bebidas (do menor ao maior consumo):

Curitiba - 13,9%
Rio Branco - 14,1%
São Paulo - 14,4%
Manaus - 16,6%
Porto Alegre - 16,8%
Florianópolis - 17,7%
Cuiabá - 17,8%
Recife – 18%
Natal - 18,2%
Goiânia - 18,9%
Palmas - 18,9%
Campo Grande - 19,1%
João Pessoa - 19,1%
Distrito Federal - 20,2%
Aracaju - 20,2%
Porto Velho - 20,6%
Rio de Janeiro – 21%
Belém - 21,3%
São Luís - 21,3%
Fortaleza 21,7%
Vitória - 22,1%
Belo Horizonte - 22,2%
Maceió - 22,7%
Teresina - 22,8%
Boa Vista - 23,5%
Macapá - 23,9%
Salvador - 25,6%