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Sidrolandia

Candidatura de Murilo ao Senado segue indefinida

Redação de noticia

17 de Maio de 2010 - 08:23

Fica cada vez mais distante a intenção política do vice-governador Murilo Zauith, do DEM, que queria disputar por uma cadeira no Senado por meio da aliança com o grupo do governador André Puccinelli, do PMDB.

Sábado, numa reunião na casa do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, também peemedebista, foi descartada a ideia de o pai do prefeito, deputado federal Nelson Trad, entrar na disputa como 1º suplente de Murilo.

O vice impôs antes condição ao concordar com a aliança que une seu partido ao PMDB: ele entraria na briga pelo Senado caso o governador indicasse alguém “expressivo” que pudesse fortalecer a candidatura do democrata. Ocorre que isso não aconteceu até agora.

Embora afirmando que “gostaria de ver Murilo candidato”, Puccinelli tem dado mostras que seu grupo pode abandonar as intenções políticas do vice, representante de Dourados, o segundo maior colégio eleitoral do Estado.

“A decisão é dele” [Murilo], disse hoje o governador durante evento festivo na colônia japonesa. “Temos uma gama [nomes que poderia disputar na suplência de Murilo] se ele pedir”, disse o governador.

Murilo quis como sua suplente a primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Trad, mulher do prefeito Nelsinho Trad. Mas ela recusou a proposta e deu como explicação um compromisso já confirmado o deputado federal Valdemir Moka, pré-candidato ao Senado pelo PMDB, de que deve ser suplente.

Sondados outros nomes, Murilo aceitou a proposta da suplência do deputado Nelson Trad, que discordou da empreitada política.

A reunião
Puccinelli disse que a reunião que descartou a suplência do deputado Nelson durou ao menos duas horas e contou com a participação das principais lideranças do PMDB. De acordo com o governador, a família Trad foi quem determinou a desistência do deputado. Idade avançada [Trad tem 78 anos], e cuidados com a saúde teriam motivado o recuo de Trad, disse Puccinelli.

Antes da reunião deste sábado, o deputado já havia dito que não comporia chapa com Murilo e ainda deu uma alfinetada no PMDB, seu partido, e no DEM: “Isso não procede. Não sou estepe. Já estão chegando ao final do meu mandato. Não é agora que eu vou ficar tapando buraco. O partido deveria ter construído esta situação [indicação do suplente] com antecedência”.