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Sidrolandia

Caso Bruno: advogados têm prazo de dez dias para apresentar defesa

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno.

O Dia Online

10 de Agosto de 2010 - 10:00

Os advogados de Bruno e dos outros oito denunciados têm dez dias para apresentar a defesa prévia de seus clientes. Frederico Franco, que defende o goleiro e mais quatro réus, não revelou qual estratégia vai usar. Do mesmo escritório, Ércio Quaresma incluiu na lista de testemunhas a própria Eliza Samudio, o atual diretor de futebol do Flamengo, Zico, e os atacantes Adriano e Vágner Love, ex-jogadores do clube rubro-negro.

Após as alegações, as testemunhas serão ouvidas na fase de instrução criminal. Caso o processo seja encaminhado a júri popular, os réus poderão ser julgados daqui a, no mínimo, seis meses. Oito acusados foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. A exceção é o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Neném, que não foi indiciado por sequestro nem cárcere.

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Réus poderão ser julgados em seis meses caso o processo vá para júri popular | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.