Sidrolandia
Cinema d(e) Horror aborda prostituição e violência com o filme Baixio das Bestas
A exibição acontecerá às 18h30min, na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A entrada é franca e o filme tem classificação de 18 anos.
Redação de noticia
17 de Maio de 2010 - 07:30
Na próxima quarta-feira (19 de maio) será exibido o filme Baixio das Bestas no projeto Cinema d(e) Horror. A exibição acontecerá às 18h30min, na sala Rubens Corrêa do Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A entrada é franca e o filme tem classificação de 18 anos.
A trama de Baixio das Bestas (Brasil/2007/80min) centra-se na figura de um avô que, sem maiores conflitos, opta por prostituir a neta de doze anos e em dois rapazes interpretados por Caio Blat e Matheus Nachtergaele, que encontram prazer e diversão em atos brutais cometidos contra as prostitutas da localidade.
O ser humano é estômago e sexo. É a partir desta proposição, utilizada em seu primeiro longa, Amarelo Manga, que o diretor brasileiro Cláudio Assis compõe o universo de sua obra.Baixio das Bestas, seu segundo longa-metragem, configura-se como uma espécie de continuação temática do filme anterior.
A miséria e as relações cruéis de poder são expostas em sua face mais fétida, tendo por cenário um lugarejo esquecido, no interior do Nordeste. Todavia, algumas diferenças merecem destaque. A ambientação suburbana de Amarelo Manga da lugar ao meio predominantemente rural onde confrontam as personagens do Baixio. E o enfoque recai agora, sobre tudo, na violência contra as mulheres, duplamente oprimidas em função de seu gênero e da pobreza extrema.
O longa-metragem ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Atriz (Mariah Teixeira), Melhor Ator Coadjuvante (Irandhir Santos), Melhor Atriz Coadjuvante (Dira Paes), Melhor Trilha Sonora e o Prêmio da Crítica, no Festival de Brasília.
Baixio das Bestas é daqueles filmes não recomendados para pessoas que preferem se refugiar em entretenimentos seguros e confortáveis, fechando os olhos para o que há de mais sórdido e perturbador em nossa realidade , explica Patrik Adam, acadêmico do quarto ano do curso de Letras da UFMS e medidor do debate sobre o filme.
O projeto Cinema d(e) Horror tem como parceira a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, sendo coordenado pela professora doutora Rosana Cristina Zanelatto Santos, Coordenadora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e por Carol Sartomen, mestranda de Estudos Linguagens da UFMS, tem duas exibições mensais e conta com a participação de alunos graduandos e mestrandos da área de Letras da UFMS para as exibições e mediações de debates de filmes que tratem da categoria "Horror" no plano das artes e conta também com a participação da sociedade campo-grandense.
Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, que fica na rua 26 de Agosto, 453, ou pelo telefone 3317-1795.