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Sidrolandia

Clima seco e vento espalham fuligem de queimadas e sujeira se prolifera

Clima seco, baixa umidade do ar aliado a fumaça, deixa o município em estado de alerta e chama atenção para alguns cuidados

Marcos Tomé/Região News

23 de Setembro de 2010 - 07:47

Clima seco e vento espalham fuligem de queimadas e sujeira se prolifera
Clima seco e vento espalham fuligem de queimadas e sujeira se prolifera - Foto: Marcos Tom

O cheiro de queimado no ar aos poucos vai invadindo as casas, principalmente nas madrugadas. Às vezes quase imperceptível, outras, em virtude de correntes de ventos, são detectadas com maior facilidade. Pela manhã, a triste constatação: roupas estendidas no varal, corredores e garagens estão tomadas pela fuligem de cana-de-açucar.

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Situação que se repete anualmente, as empresas que atuam no setor canavieiro optam pela mão-de-obra barata, na hora da colheita, ao invés da mecanização. Mas o processo que leva ao corte da cana tem um vilão silencioso que age sem fronteira: as queimadas.

Para facilitar o corte, o fogo alastra-se nas plantações de cana-de-açúcar. Com isso, a fuligem, também conhecida como carvãozinho, material com alto poder de provocar a sujeira, é projetada a quilômetros de distância, dependendo do vento.

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A vendedora Marta Flores explica que sofre de rinite alérgica e, com o cheiro de queimado aliado à fuligem, seu problema acaba piorando. "O tempo seco e a queimada pioram muito minha alergia. A conseqüência não é só na saúde, mas também no bolso, porque gasto mais com remédios", reclama.

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Foto: Marcos Tomé/Região News

Fuligem

             Fuligem, também conhecida como carvãozinho se torna pesadelo para donas de casa

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Moradores vêem o problema das queimadas refletido na conta de água. "Chuva que é bom, nada, o que tem é chuva de fuligem”, reclama dona Maria Aparecida do Bairro Jandaia que ainda comenta “ontem de manhã o quintal amanheceu coberto por ela e não tem como varrer, então tenho que lavar o quintal e acabo gastando mais água", enfatiza a dona de casa.

Às famílias, há muito pouco o que se fazer. A providência imediata é ampliar o consumo de água para que quintais, corredores e garagens possam ser lavados diariamente. Às vezes, este procedimento se repete duas ou três vezes em menos de 24 horas.

A roupa no varal, operação simples na vida das pessoas, também vira um dilema nesta época do ano. O trabalho tem de ser acompanhado por uma vigilância contínua e próxima. Ao menor sinal da fuligem, o melhor a fazer, para não perder o serviço concluído, é recolher as roupas, mesmo que estas ainda estejam molhadas.

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No final da tarde desta quarta-feira, a visibilidade da cidade em um raio de aproximadamente 2 quilômetros/> ficou em cerca de 25% conforme constatou a reportagem do regiaonews. O município foi tomado pela fumaça que ofuscou sua visibilidade pra quem estava trafegando na rodovia MS/060.

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Foto: Marcos Tomé/Região News

Fumaça

                    Vista da cidade nas proximidades do complexo industria da Tip-Top

Clima seco, baixa umidade do ar aliado a fumaça, deixa o município em estado de alerta e chama atenção para alguns cuidados a serem tomados pela população neste longo período de estiagem, como inserir bastante líquido e não ficar expostos ao sol em horário inadequado.