Sidrolandia
Comboio da PF e da Cigcoe seguem para fazenda do ex-governador Pedrossian
Ao menos cem policiais federais e da Cigcoe(Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) deixam Campo Grande e seguem em direção a área Cachoeirinha, em Aquidauana e Miranda.
Redação de noticia
17 de Maio de 2010 - 17:00
A ordem do juiz federal Pedro Pereira é cumprir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirada dos índios da fazenda Petrópolis, do ex-governador Pedro Pedrossian.
Dois ônibus e viaturas da PF seguem pela BR-262. Na área, o clima é de tensão.
O MPF (Ministério Público Federal) junto com a Funai (Fundação Nacional do Índio) entraram com recurso e hoje, os indígenas protestaram e pediram que o STF julgue-o. Índios da etnia terena fecham a rodovia BR-262, na região conhecida como Agachi, no trecho entre Aquidauana e Miranda.
A Polícia Federal já esteve na área para tentar negociar a saída pacífica dos índios que resistem. Uma equipe da Funai (Fundação Nacional do Índio) também segue para a área na tentativa de que não seja necessário o uso da força. A presença da Cigcoe preocupa os membros da Funai.
Embora a lei seja clara ao afirmar que em reintegração de posse cabe apenas à PF agir. Neste caso, a PF pediu reforçou para que a Cigcoe pudesse dar apoio no local, segundo informações apuradas pelo Midiamax.
Há 8 meses os indígenas ocupam as fazendas São Pedro do Paratudal e Petrópolis de propriedade de Pedro Pedrossian e de Regina Pedrossian, respectivamente, que foram consideradas, por estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio), terras tradicionalmente indígenas e parte da área da Reserva Cachoeirinha em 2003. No local, eles já cultivam uma plantação de mandioca, segundo informou o magistrado.
A Fazenda Petrópolis tem 2,3 mil hectares, os indígenas reivindicam 1,2 mil. Já a São Pedro Paratudal tem 670 hectares e é totalmente reivindicada para compor a Cachoeirinha.
Mediação
Em março, durante audiência na Justiça Federal representantes dos índios terenas que ocupam duas fazendas da família Pedrossian em Miranda, disseram que não iriam deixar área. Segundo o juiz da 4ª Vara Federal Pedro Pereira dos Santos, a audiência foi realizada para resolver o impasse que dura desde o ano passado, e para cumprir a decisão do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que concedeu liminar de reintegração de posse para os proprietários das duas fazendas. A intenção é resolver essa situação pacificamente, porém os índios informam que não sairão da área, informou o juiz.
Comboio deixa a sede da PF em Campo Grande e segue para área de conflito |
Em março, o juiz não mencionou quando a reintegração de posse seria cumprida pela polícia federal.