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Sidrolandia

Contratações de frigorífico e JBS garantem 216 novos empregos e assegura saldo positivo no CAGED

No computo dos primeiros 11 meses deste ano, Sidrolândia registrou um saldo positivo de 560 vagas

Flávio Paes/Região News

28 de Dezembro de 2017 - 14:00

O relatório do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, referente ao mês de novembro, traz números favoráveis para Sidrolândia, que registrou no período um saldo positivo de 185 empregos, no balanço entre contratações (421) e demissões (236), cenário bem diferente do plano estadual, que registrou o fechamento 2.444 vagas no mercado trabalho.

Este saldo positivo foi assegurado basicamente por duas empresas, a JBS/Seara, que mantém uma média mensal de 100 contratações, reflexo da rotatividade da mão de obra e do Frigorífico Balbinos. A indústria começou a abater no mês passado e recrutou muitos funcionários para o setor operacional. Das 421 contratações registradas no período, 284 (67%), foram do setor industrial, 267 (94%) apenas das duas empresas. Em novembro, o segmento teve um saldo positivo de 220 vagas, com 284 contratações e apenas 64 demissões.

No computo dos primeiros 11 meses deste ano, Sidrolândia registrou um saldo positivo de 560 vagas, 411 do segmento industrial, das quais 377, basicamente dos dois frigoríficos (de frango e bovino). No mesmo período de 2016, o saldo foi apenas 151 vagas.

Balanço estadual

Mato Grosso do Sul encerrou novembro, primeiro mês da reforma trabalhista, com fechamento de 2.444 vagas no mercado de trabalho formal, o quinto saldo negativo do ano. Com isso, a criação de empregos despencou 77,5% na comparação entre os acumulados de janeiro a novembro de 2017 e igual intervalo de 2016. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira (27) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

No mês passado, as empresas sul-mato-grossenses admitiram 16.193 e desligaram 18.637 trabalhadores. Sazonalmente, novembro contabiliza mais demissões que contratações, como mostra o histórico do Caged. Mesmo com essa característica, o saldo de novembro deste ano está entre os menores para o período desde o início da pesquisa, em 1992. Apenas novembro de 1995 (-2.649), de 1998 (-2.677) e de 2005 (-2.931) tiveram resultados piores.

Das oito atividades consideradas no Caged, apenas uma – comércio (307 vagas) – contratou mais que demitiu. Na administração pública, o resultado foi zero e nas demais, negativos. Os saldos foram os seguintes: indústria da transformação (-896), serviços (-747), construção civil (-361), serviços industriais de utilidade pública (-28) e extrativismo mineral (-2).

Com novembro, são cinco meses de saldos negativos na criação de empregos em Mato Grosso do Sul. Também apresentaram número de demissões acima ao das contratações os meses de maio (-1.336), julho (-1.827), agosto (-2.815) e setembro (-2.815).

O baixo desempenho do mercado de trabalho puxou para baixo a criação de novas vagas neste ano. De janeiro a novembro, as empresas do Estado geraram 1.512 empregos. Esse número é 77,5% menor que os 6.726 postos de trabalho, que foram criados no mesmo período do ano passado.

Rendimento – Com contratações em níveis baixos, a renda dos trabalhadores avança pouco. Conforme o Caged, o salário médio de admissão, em novembro deste ano, foi de R$ 1.324,57. O valor é 1,32% superior ao de novembro de 2016 (R$ 1.342,11).

Essa variação é menor que o aumento do custo de vida. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do País, acumulou alta de 2,5% em 12 meses, fechados em novembro. Isso significa que o trabalhador de Mato Grosso do Sul teve perda real (descontando a inflação) de salário neste ano.

Reforma – O principal argumento usado pelo governo federal para conseguir a aprovação das mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi o aquecimento do mercado de trabalho. De acordo com o governo, a reforma, que entrou em vigor no dia 11 do mês passado, impulsionaria os empregos e diminuiria a informalidade.

Os primeiros reflexos da reforma trabalhista, no entanto, são contrários à expectativa do governo. Quanto às novas regras, em Mato Grosso do Sul, 13 trabalhadores deixaram o emprego no mês passado depois de acordo com as empresas. Em todo o País, foram 805 desligamentos ocorridos da mesma forma.