Delcídio diz que já trabalha para disputar o governo em 2014

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) anunciou, em entrevista ao Bom Dia MS, que será candidato ao governo do Estado nas eleições de 2014.

Ele descartou ocupar cargo em eventual governo de Dilma, caso ela seja eleita no segundo turno, lembrando que nos próximos quatro anos vai focar seu trabalho no Congresso Nacional, de olho no projeto eleitoral.

Delcídio Amaral foi reeleito ao Senado com 826.848 votos. A votação, conferida por 34,90% dos eleitores, é a maior obtida por candidato majoritário na história de Mato Grosso do Sul.

“Tenho um projeto claro, ser candidato ao governo do Estado. [Quero] ter a honra de um corumbaense, nascido lá na beira do rio Paraguai, poder governar Mato Grosso do Sul”, disse. Segundo o senador, sua aspiração política já foi até discutida com Dilma Rousseff.

Delcídio Amaral afirmou que pretende priorizar, em seu segundo mandato, ações voltadas à saúde pública, educação e segurança, sem desprezar projetos que julga fundamentais a Mato Grosso do Sul na área de infra-estrutura e logística e programas de incentivo à diversificação da economia.

O senador lamenta o que classifica de privatização vergonhosa a concessão da ferrovia.

Segundo Delcídio, a antiga Estrada de Ferro NOB (Noroeste do Brasil) precisa ser restaurada e conversou com o presidente da
ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, sobre ultimato à ALL (América Latina Logística) quanto a obrigação da empresa em recuperar os trilhos, sob pena de ter a permissão cassada.

Delcídio lembra que a ferrovia que corta Mato Grosso do Sul é um ramal do tronco ferroviário Norte-Sul, obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que vai ativar a variante que ligará Panorama (SP) a Dourados e Porto Murtinho, onde poderá ser feito o transbordo do minério de ferro de Corumbá, transportado até alí por pela hidrovia.

O papel da ferrovia seria levar o minério até os parques siderúrgicos.

Disputas políticas

Delcídio disse que não permitirá que disputas políticas regionais desviem o foco de sua atuação em Brasília.

“O enfrentamento político não pode prejudicar o povo e o meu compromisso é com a população do meu Estado”, disse Delcídio, reafirmando que suas prioridades na atividade parlamentar de agora em diante são a segurança, pela característica do Estado de região fronteiriça com Paraguai e Bolívia, a saúde pública, que considera ser hoje um gargalo das políticas públicas sociais, e educação, que é a base da sociedade.

O senador observa que na área de educação é preciso incentivar mais os cursos técnicos, para atender a nova base econômica do Estado, que se diversifica e exige mão-de-obra qualificada.

“A própria agricultura se diversifica, com a cana de açúcar, o papel e celulose, O fertilizante.

Estamos em um novo Mato Grosso do Sul, que também precisa de infra-estrutura e de logística”.