Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Segunda, 7 de Outubro de 2024

Sidrolandia

Depoimento de delegado e policiais sobre morte dura 4h

O jovem foi atingido por um tiro na virilha depois pegar a arma e tentar matar a escrivã

Campo Grande News

29 de Setembro de 2010 - 10:04

Durante quatro horas da noite de ontem o delegado Edílson dos Santos Silva, a escrivã Lucilene Maciel Cavalheiro Hada e um policial da 6ª DP (Delegacia de Polícia) prestaram depoimento para esclarecer a morte do preso Rodrigo Marques dos Santos, 20 anos. O jovem foi atingido por um tiro na virilha depois pegar a arma e tentar matar a escrivã. O tumulto ocorreu ontem à tarde na unidade policial e o delegado Edílson foi quem atirou contra o preso.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Wellington de Oliveira, o inquérito policial para apurar o caso será instaurado hoje.

As investigações tiveram início ontem à noite. Wellington de Oliveira ficou na 6ª DP das 18 horas às 22 horas. Neste período foram colhidos os três depoimentos.

Wellington explica que foi feita perícia no local e que, quando chegou para as oitivas, a sala ainda estava revirada. “É um indício de que houve luta”, ressalta o responsável pela investigação. Só o depoimento do delegado Edílson teve quatro folhas.

Arma - As investigações apontam que o foragido Rodrigo era suspeito de tráfico e foi preso por porte ilegal de arma.

Com ele os policiais encontraram um revólver calibre 32. Ele era autuado em flagrante e, segundo a Polícia, a arma ficou em uma gaveta e as munições em outra.

Ele permaneceu algemado com as mãos para trás e, somente quando precisava assinar os documentos do flagrante, as mãos foram colocadas para a frente.

A escrivã saiu da sala para ir ao local onde fica a impressora e, quando voltou, Rodrigo havia conseguido tirar a algema de um lado. Para os policiais, ele pode ter usado clipes para se soltar.

Quando a escrivã voltou para a sala do depoimento, já viu o jovem com a arma na mão. Ela chutou o preso e teve início uma luta.

O delegado ouviu os gritos da escrivã e foi à sala que fica ao lado. Com a pistola .40 que usa, Edílson efetuou um disparo.

Rodrigo foi socorrido por militares do Corpo de Bombeiros por volta de 13h45 e morreu cerca de duas horas depois no HR (Hospital Regional).

Wellington de Oliveira esclarece que o policial que estava na delegacia no momento do tumulto também prestou depoimento porque ouviu a escrivã gritar por socorro.

Os militares que fizeram atendimento ao jovem também prestarão depoimento. A previsão é de que o inquérito policial instaurado seja concluído em 30 dias.