Sidrolandia
Dilma defende estratégia de campanha, desconversa sobre reeleição
Candidata do PT à Presidência lembrou de Lula durante todo seu discurso
R7
05 de Julho de 2010 - 17:00
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu sua estratégia de campanha e evitou falar sobre pesquisas eleitorais depois de participar de um almoço com 486 empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), nesta segunda-feira em São Paulo. Durante o evento, ela não tirou da ponta da língua o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao falar sobre reforma tributária, política e MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Leia o que ela disse sobre os principais assuntos:
Vamos manter a rota:
Na coletiva de imprensa, ela disse que sua campanha, diversificada, está dando certo.
- Nós pretendemos permanecer com a mesma estratégia: indo ao encontro da população. [...] Nossa campanha é diversificada. Ela está dando certo. Vamos manter a rota.
Ficando conhecida:
Dilma disse que não gosta de fazer análise sobre pesquisas de intenção de votos porque muita coisa vai acontecer até as eleições de outubro, mas reconheceu evolução.
- Houve da nossa parte uma evolução [que] se deve porque minha candidatura está ficando conhecida.
Reeleição à mineira:
Dilma foi questionada por um empresário sobre o que ela achava do sistema de reeleição e se ela estava disposta a tentar se reeleger em 2014, caso saia vencedora das urnas nas eleições deste ano. Ela afirmou que passou a defender a reeleição depois de entender sua necessidade ao chegar ao governo Lula.
Sobre a possibilidade de tentar mais quatro anos de mandato, ela disse que se tratava de outra situação, que o objetivo agora é se eleger. A resposta deixou a sensação de que ela abriria mão da reeleição em favor de Lula.
- Quando chegar a hora a gente discute.
Questionada sobre sua resposta, ela disse que foi foi uma resposta de cunho mineiro.
MST e a Ilegalidade:
Dilma afirmou que é contra a repressão aos movimentos sociais, mas disse que, se eleita, seu governo não vai compactuar com a ilegalidade caso o MST faça uso dela.
- O que eu acho é que o governo Lula não deixou a coisa solta. [...] Agora, quer dialogar, vamos dialogar.
Petróleo, o Passaporte para mundo:
Dilma baseou seu discurso apontando as vantagens que o próximo presidente deve aproveitar para tornar o Brasil um país desenvolvido. Ela citou o pré-sal, o passaporte para o mundo, as dimensões continentais do país, seu parque industrial diversificado e citou a floresta amazônica, o pré-sal e as reservas internacionais de US$ 253 bilhões como as três grandes reservas [brasileiras] de valor.
- Essas vantagens nos aproximam do sonho do país que queremos ser.
Seu governo:
Apesar de uma plateia composta só para empresários, Dilma afirmou que, se eleita, não vai governar só para um segmento, uma área ou setor.
- Tenho certeza que grandes países só chegaram lá depois que um projeto de nação foi assumido por todos.
Reforma Tributária:
A candidata petista voltou a defender a reforma tributária ao classificar de caótica o sistema brasileiro de impostos em razão de seu efeito cascata. Para defender uma desoneração integral sobre os investimentos, ela citou a redução de impostos sobre a folha de salário.
- Cada vez que se desonera a folha de salário o governo tem de entrar com medidas compensatórias.
Ela disse, no entanto, que, o governo pode perder poucos impostos porque o aumento das contratações motivadas pela desoneração reporia a arrecadação.