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Sidrolandia

Dilma põe em prática ensinamentos de Lula e de João Santana

Ela discursou com um microfone sem fio e andou pelo palanque como ele faz habitualmente

G1

14 de Julho de 2010 - 08:45

O comício preparado pelo PT para a festa de inauguração do comitê de campanha de Dilma Roussef, no começo da noite em Brasília, não foi um sucesso de público, mas deu a dimensão da força da aliança que sustenta sua candidatura: além do PT, ela citou dez partidos ali representados com candidatos a governos estaduais e ao Senado – PMDB, PC do B, PSB, PP, PR, PDT, PRB, PTC, PSC, PTN -. Se a platéia era pequena, o número de bandeiras vermelhas do PT e algumas verdes do PMDB foi suficiente para enfeitar as imagens que irão para o programa eleitoral da candidata, sob o comando do publicitário João Santana.

Em seu discurso, Dilma demonstrou que aprendeu algumas lições com seu principal professor, o presidente Lula. Ela discursou com um microfone sem fio e andou pelo palanque como ele faz habitualmente. É uma forma de aliviar a tensão durante o discurso. E, para torná-lo mais atraente ao ouvinte, Lula ensinou que ela deve contar algumas histórias. Dilma fez isso. Mas a história de hoje foi a mesma do discurso da convenção que homologou sua candidatura: a de uma menina de 7 a 9 anos, segundo ela, que perguntou: “Mulher pode?”

- “Pode o quê?”

- Ser presidente da República.

- Pode, sim. E sabem o nome da menina?, indagou Dilma nas duas ocasiões: é “Vitória”.

No comício de inauguração do comitê, que foi cuidadosamente acompanhado pela equipe de campanha, Dilma insistiu em falar em experiência – uma espécie de vacina à principal crítica que a oposição lhe faz, que é a de falta de experiência. Citando Joãosinho Trinta que estava na platéia, Dilma disse que ali estavam partidos que têm experiência. E frisou algumas vezes a palavra experiência.

- Nós temos experiência. Com nossa experiência, nós provamos que o Brasil pode trilhar um outro caminho. O caminho da educação- disse Dilma, repetindo a promessa de construir 6 mil creches e construir escolas técnicas em cidades com mais de 40 mil habitantes.

Outro alvo claro foi o voto feminino. Dilma frisou que o Brasil, depois de Lula, terá uma presidenta porque, segundo disse, as mulheres sabem melhor cuidar das pessoas, acolhem, protegem e têm enorme sensibilidade”. E na hora de vincular seu nome a Lula, disse que o presidente lhe deu a maior herança que poderia dar.

- Ele me deu a missão de cuidar do povo que ele tanto ama – disse, tentando se aproximar ainda mais do eleitor que se identifica com Lula.