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Sidrolandia

Diretores do time São Paulo F.C. vê complô contra Morumbi

Diretoria faz articulações políticas para combater as movimentações da CBF, do Corinthians e de grupos empresariais

Estadão.com

19 de Junho de 2010 - 07:50

A diretoria do São Paulo já identificou o que chama de responsáveis pela exclusão do Morumbi do projeto da Copa do Mundo de 2014. No topo da lista está o embate político com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Soma-se a ela a rivalidade acentuada com o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que rende frequentes trocas de farpas públicas, e o interesse de grupo empresariais ligados à construção civil, interessados em emplacar grandes obras no País nos próximos anos.

No caso de Teixeira, a relação nunca foi das melhores. Ao contrário de muitos dirigentes, os são-paulinos não são frequentadores da sede da entidade, no Rio, o que faz a relação ser distante. A gota d"água foi a eleição para a presidência do Clube dos 13, realizada em abril. Teixeira apoiava o empresário Kléber Leite, que acabou derrotado por Fábio Koff, trazia o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, como um de seus vices. Juvêncio já comentou com alguns dirigentes que se tivesse votado no candidato da CBF, o desfecho da novela Morumbi seria diferente.

Para piorar a situação do Tricolor, Sanchez se transformou em uma das pessoas mais próximas a Teixeira. A ponto de o presidente corintiano ser figura carimbada nos corredores da CBF, o que lhe valeu o convite para chefiar a delegação brasileira durante a Copa do Mundo da África do Sul.

Sanchez aproveitou essa proximidade e o fato de estar em contato diretor com a direção da Fifa, para fortalecer seu maior sonho à frente da presidência alvinegra: a construção do estádio corintiano. A derrocada do Morumbi representava essa chance, pois a cidade precisaria de uma nova arena que, por sua vez, precisaria se aliar a uma grande marca do futebol brasileiro para ser viabilizada financeiramente. Pronto, o quebra-cabeça fechava.

Ao mesmo tempo que Teixeira e Sanchez articulavam, a diretoria são-paulina detectou a movimentação de grandes grupos empresariais ligados à construção civil, ávidos por grande empreendimentos no País.

Esperança. Se depender do São Paulo, a novela em relação à exclusão do Morumbi não acabou. A diretoria promete contra-atacar com a mesma estratégia que, imagina, foi usada para enterrar o sonho de ver a abertura do Mundial em seu estádio: influência política e a Justiça.

A diretoria tricolor argumenta que o clube atendeu a todas as exigências da Fifa nos projetos encaminhados para Zurique. "O São Paulo não pediu para que o Morumbi fosse o estádio da cidade na Copa. Essa indicação partiu do Comitê Paulista", lembrou o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.