Dono de celular diz: Comerciante não foi agredido e sim, retido por ter reagido à prisão

A reportagem do Midiamax entrou em contato com o dono do celular devolvido pelo comerciante Walter Mendes Rodrigues, que foi agredido por policiais militares domingo no posto policial do Parque Ayrton Senna, e ele declarou que o celular havia sido furtado e que por isso a confusão aconteceu.

Segundo a esposa do policial, que declarou ser a real dona do celular a confusão só atrapalhou a vida dela. “A semana passada foi terrível, eu sou a dona do celular e não conseguia recuperá-lo, pois ele tinha sido furtado da minha bolsa no meu local de trabalho”, explicou ela, que pediu para ter o nome preservado.

Ela preferiu não conversar mais com a reportagem e passou a ligação para o marido dela, Ivanildo Jonas Alves, que foi responsável por buscar o celular em frente ao posto policial onde estava o comerciante no último domingo (25). “Eu tentei ligar no celular várias vezes e quando consegui falar, a pessoa veio com ironias que era para eu ir buscar o celular, com chacotas”, disse ele.

Questionado sobre o fato do rapaz ter ido entregar o celular em frente ao posto policial, Ivanildo, que segundo Walter é irmão de um dos PMs que o agrediu, declarou “não sei porque ele levou na frente do posto de polícia, ele que tem que responder”. Sobre as agressões e lesões aparentes do rosto do comerciante, Ivanildo declarou que os rapaz não foi agredido e sim reagiu a prisão.

“Ele reagiu a voz de prisão porque eu queria prestar uma queixa do extravio do celular, não sabia para quem ele tinha ligado, perdemos vários serviços por causa desse celular”.

Força leve

“O cara [Walter] que se machucou, os policiais usaram força leve, ao resistir à prisão ele simplesmente começou a espernear, se debater e caiu com um PM no chão quando o policial deu uma gravata nele”, disse.

Segundo Ivanildo, ele não presenciou a “pancadaria, mas posso afirmar que eles usaram força mais leve do que deveriam. O que eu sei é que ele quer é tirar dinheiro de alguém. Do estado, sei lá, não quero mais falar sobre o assunto, só quero esquecer disso daí, se quiser saber mais é só pegar o BO [boletim de ocorrência]”, finalizou.