Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Terça, 26 de Novembro de 2024

Sidrolandia

Durante fim de ano, Santa Casa recebe oito pacientes com queimaduras

No caso mais grave, uma pessoa perdeu três dedos.

Campo Grande News

02 de Janeiro de 2018 - 17:47

Churrasco e fogos de artifício, comuns em comemorações de fim de ano, intensificaram o atendimento na ala de queimados da Santa Casa. De acordo com o hospital, oito pacientes acometidos por queimaduras foram atendidos de sexta-feira (29 de dezembro) a segunda-feira (dia 1º). No caso mais grave, uma pessoa perdeu três dedos. 

"A tendência histórica é de que nos finais de ano aumentem os atendimentos feitos na ala de queimados do hospital, porque muitas famílias optam por comemorar preparando assados em churrasqueiras, chapas e soltando fogos de artificies", informou o hospital. O problema das churrasqueiras e chapas é o uso de álcool. 

Dos oito pacientes, seis foram vítimas de fogos de artifícios. "Um deles teve o dedo polegar amputado e o outro paciente perdeu três dedos da mão direita", informou a assessoria de imprensa da Santa Casa. 

De acordo com a enfermeira assistencial do setor, Maria Aparecida da Silva Martins, geralmente as vítimas de fogos de artifícios sofrem o trauma da amputação na hora da explosão. “Em muitos casos, por algum defeito de fabricação, o artifício não explode quando deveria e as pessoas voltam a manuseá-lo, momento em que ocorre o acidente. A explosão é sempre muito traumática e a pessoa acaba tendo amputação ou dilaceração na hora do acidente”, explica.

Além das vítimas de fogos de artifícios, a ala de queimados da Santa Casa recebeu uma paciente de Ponta Porã com 30 anos que teve 15% do corpo queimado após explosão de álcool ao assar bife na chapa. O outro paciente foi vítima de líquido quente e não precisou ser internado.

“Infelizmente, muitas pessoas ainda continuam se queimando com a utilização inadequada do álcool. O tratamento de um grande queimado dura até três meses e é um trauma para o resto da vida. Então é preciso conscientizar as pessoas para que não utilizem álcool e evitem que uma comemoração se torne uma tragédia”, enfatiza a enfermeira.