Sidrolandia
Em balanço do FCO, Longen destaca liberação de recursos para os 79 municípios de MS
O desempenho foi apresentado durante reunião realizada ontem (20/12), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS)
Daniel Pedra/Fiems
20 de Dezembro de 2017 - 09:27
Após uma série de ações para simplificar e acelerar o acesso das empresas ao FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou o fato de que, pela primeira vez, todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul conseguiram contratar operações da linha crédito para investir em seus empreendimentos.
O desempenho foi apresentado durante reunião realizada ontem (20/12), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), com representantes do Governo do Estado, do setor produtivo e do superintendente estadual do Banco do Brasil, Glaucio Fernandes, para tratar da evolução do FCO no Estado em 2017.
Levamos essa estrutura de financiamento a 100% dos municípios. Esse ano conseguimos atender aos 79 municípios e todos eles tiveram no mínimo uma operação de FCO, comemorou Sérgio Longen durante a reunião, acrescentando que o Fundo foi uma das grandes fontes de fomento empresarial do Estado, da indústria, do agronegócio e do comércio, que apresentaram avanços ao longo de 2017. O superintendente do Banco do Brasil veio nos apresentar um grande número, que chegamos a R$ 2 bilhões em projetos contratados, um marco histórico para Mato Grosso do Sul, destacou.
Para o presidente da Fiems, o balanço positivo do FCO em 2017 é resultado de um alinhamento da Federação com a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Banco do Brasil, Fecomércio, Famasul e Sebrae/MS. Esse alinhamento de trabalho entre as entidades e a Semagro vem atuando na política de regionalização. A convalidação dos incentivos fiscais para as empresas, condições de licenciamento ambiental e as liberações de créditos são todas ações de apoio às empresas de todos os setores, exemplificou.
Nova política
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou a política de regionalização como propulsora do desenvolvimento do Estado de forma equilibrada. Atuando com o mesmo pensamento, conseguimos que haja uma diferenciação de taxas no âmbito do FCO para determinadas regiões, como forma de incentivo. Um empreendimento em Campo Grande que seria financiado até 80%, pode ser 100% financiado na região de fronteira, por exemplo, pontuou.
Ele reforça que algumas regiões, como a costa leste, a taxa também é diferenciada. Quando tratamos dessa política de regionalização estamos fazendo um trabalho de levar esse processo de industrialização para além de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. Sabemos que, muitas vezes, um município menor não tem condições. Não conseguiríamos abrir novos investimentos sem a Fiems, que entra com esta parte da qualificação, sem poupar esforços, levando unidades móveis do Senai se necessário for, e divulgação dessas instruções em termos de FCO, garantiu.
Para o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, o FCO e a regionalização são instrumentos que, aliados, desenvolvem o Estado de maneira igualitária. Sem dúvidas o FCO é um grande instrumento de crédito para o desenvolvimento e, ao disponibilizar esta linha de crédito para todos os municípios, você reduz as desigualdades, e contribui para que haja um nivelamento na geração de empregos e renda para toda a população, analisou.
O superintendente do Banco do Brasil, Glaucio Fernandes, reforçou o alinhamento da instituição com o setor produtivo e a apontou como principal motivo do sucesso do FCO em 2017. O motivo do sucesso ao aplicarmos esse recorde de recursos no Estado se deu por uma construção coletiva e envolvimento pleno de todo o setor produtivo. São R$ 2 bilhões liberados, recurso que nem em épocas tidas como mais áureas alcançamos, lembrou.
Glaucio Fernandes analisa que esse recorde tem origem em uma construção conjunta para desburocratizar, melhorar alguns normativos e transformar instruções, o que resultou em um processo muito mais célere. Para 2018 já estão aprovados R$ 2,2 bilhões para o Estado e temos um cenário macroeconômico mais favorável, com juros estabilizados e mais segurança para o empreendedor, declarou, otimista.
Repercussão
O superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, acrescentou que a entidade realizou, em 2017, um expressivo trabalho de divulgação do FCO, principalmente para micro e pequenos empresários do interior do Estado. Levamos para o interior caravanas para mostrar ao empresário as oportunidades com o FCO, que vem batendo recorder. Ou seja, se a empresa precisa de ajuda, o que é quase unânime diante do cenário, o Banco do Brasil com o FCO é uma grande saída, considerou.
Presidente da Famasul, Maurício Saito afirmou que as operações contratadas no âmbito do FCO superaram a meta projetada pelo setor agropecuário em 2017. Tínhamos a meta de atingir R$ 1,1 bilhão em captação de recursos do FCO, e o fato de ter superado nos traz uma felicidade muito grande, considerando a necessidade de constantes investimentos para melhorar atividade, pontuou.
O presidente da Faems, Alfredo Zamlutti, concluiu destacando que o FCO esteve mais célere em 2017, o que beneficiou toda a cadeia produtiva do Estado. Em um passado não muito distante tínhamos problemas na aplicação e demora na liberação dos recursos do FCO, e graças às federações, o Banco do Brasil entendeu que é preciso distribuir um montante cada vez maior de recursos, e com celeridade, nós não podemos perder tempo quando se trata de financiamento. Isso tem um retorno para a economia do Estado, traz lucro, movimenta o comércio, a indústria e o agronegócio do Estado, finalizou.