Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quarta, 27 de Novembro de 2024

Sidrolandia

Entidades de imprensa debatem autorregulamentação do setor

Vice da ANER defende ideia, que ainda não é a posição oficial da ANJ e Abert, mas já conta com apoio de seus presidentes

Redação de noticia

05 de Maio de 2010 - 09:26

Representantes das entidades de imprensa deram sinal de apoio à proposta de autorregulação do setor. Na 5.ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa, ontem, na Câmara, o vice-presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Abril, Sidnei Basile, defendeu a ideia como melhor forma de coibir falhas no exercício do jornalismo e evitar que se "confunda o leitor" na mistura de "opinião com notícia".

"A imprensa tem oportunidade de se configurar como instituição relevante para aperfeiçoamento dos nossos costumes e instituições políticas. Refiro-me à urgência da autorregulação da nossa atividade", disse Basile.

"Não há outro jeito. Temos encontro marcado com a autorregulação. Tão mais tortuoso e torturado será nosso caminho, quanto mais tempo adiarmos essa convergência da imprensa com seu destino", acrescentou durante o encontro, aberto pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

Embora não represente a posição oficial de outras entidades, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a autorregulação já conta com apoio de seus presidentes. "Sou francamente favorável. A sociedade veria com bons olhos se tivéssemos essa atitude. Mas reforço: a ANJ está discutindo e deve ter uma posição em breve", disse a presidente da ANJ, Judith Brito, depois do encerramento da conferência.

"Essa é uma discussão oportuna, especialmente depois do julgamento da Lei de Imprensa. É o passo seguinte que está sendo amadurecido e debatido", disse o presidente da Abert, Daniel Slaviero.

O deputado José Genoino (PT-SP) criticou a imprensa por buscar "fofoca e escândalo", classificando de "sadomasoquista" a relação entre Congresso e mídia. "Essa espetacularização gera visão banalizada do Legislativo, que produz leis importantes para a sociedade", disse o petista, acusado de participação no mensalão do PT.

No painel sobre o papel dos meios de comunicação no aperfeiçoamento da democracia representativa brasileira, o jornalista Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, defendeu a liberdade de imprensa e o direito à informação como um "direito absoluto" para todos os cidadãos.