Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 20 de Setembro de 2024

Sidrolandia

Entrave em MS e mais 13 estados faz PMDB adiar aliança

O entrave político com o PT em Mato Grosso do Sul e em mais 13 estados brasileiros levou o PMDB a adiar o anúncio oficial de apoio à presidenciável Dilma Rousseff, marcado para o dia 15 deste mês.

Midiamax

05 de Maio de 2010 - 10:37

Ela jantou ontem com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), para convidá-lo a ser o candidato a vice em sua chapa. Entretanto, pouco antes, o partido desmarcou o encontro previsto para o dia 15.

Com esta decisão, o PMDB pretende definir sua possível aliança com o PT somente na convenção do dia 12 de junho.

Entre as pendências, está o apoio do PT ao PMDB em Minas, que quer o apoio dos petistas a Hélio Costa. Entretanto, o PT escolheu Fernando Pimentel como candidato.

Também há conflitos na Bahia, Pará, Rondônia e Ceará, entre outras regiões.

Ao sair do jantar com Dilma, segundo o jornal O Globo, Temer falou em cautela na construção das alianças.

“É preciso muita moderação, muito cuidado, para fazermos os ajustes nos estados”, declarou, enfatizando que ele e Dilma têm feito “grandes esforços” para resolver os problemas nestes estados.

Após o jantar, Dilma minimizou os “revezes” políticos que sofreu ontem, incluindo o anúncio do PP de ficar neutro nas eleições deste ano. Também não deu como certa a indicação de Temer para seu vice.

“Dentre os nomes do PMDB, Temer é um que se destaca. Tenho grande apreço pelo Michel, um homem de muita importância nessa candidatura. É um processo. Não é um noivado nem um pré-casamento. Tem que amadurecer no PMDB. Não pode ter atropelo. O que é absolutamente certo é que nos interessa a aliança estratégica com o PMDB”, disse Dilma.

Perguntada se o clima ficou azedo com os aliados, Dilma respondeu: “Isso é meio volátil. É como nuvem, um dia está de um jeito, outro dia de outro”. Temer logo foi emendando: “Quando o limão está muito azedo, temos que fazer uma limonada, não é Dilma?”, disse.

Em Mato Grosso do Sul, a última nuance do caso veio com o encontro entre o presidente Lula e o governador André Puccinelli (PMDB), em Ponta Porã.

O presidente prometeu chamar André para uma conversa a respeito de aliança, mas não definiu a data. Ontem, o governador avisou que vai tomar posição independente desta conversa.

Disse que político precisa ter “tempestividade” e que não vai esperar muito pela conversa. A tendência do governador, já tida como certa por aliados, é apoiar a candidatura de José Serra (PSDB) para presidente.