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Sidrolandia

Exclusivo: Diretoria da APAE descobre desvio de recursos e demite envolvido

O funcionário suspeito tentou contornar a situação com uma explicação não muito convincente.

Flávio Paes/Região News

08 de Janeiro de 2018 - 18:00

Um funcionário do setor de tesouraria da APAE de Sidrolândia foi demitido e denunciado à Polícia, acusado de estar desviando recursos captados pela instituição em um leilão de soja e cabeças de gado realizado em meados de julho de 2017.

Os detalhes do roubo serão apresentados nesta terça-feira pelo presidente da instituição, Gláucio Eidi Hisatsugu, que é mantida com subvenções do poder público, mas principalmente de doações de empresários e produtores rurais da cidade.

O que acabou desencadeando a auditoria nas contas que revelou a sangria de recursos da instituição foi o fato de um pagamento de lance de um dos principais doadores, não ter aparecido nas contas da entidade. O benemérito ficou intrigado já que emitira o cheque no valor de R$ 15.950,00, nominal em favor da APAE.

O doador conseguiu rastrear o destino do cheque através de uma cópia na agência bancária. Para sua surpresa, na lâmina observou que o funcionário “golpista” fez uma rasura, apagou os dados da conta da APAE e substituiu pelo da esposa.

O funcionário suspeito tentou contornar a situação com uma explicação não muito convincente. Acabou caindo na conta da APAE um pagamento no valor de R$ 16.190,00, a diferença seria uma espécie de juros pela apropriação indevida do dinheiro da instituição que atende mais de 160 crianças e adultos excepcionais e atravessa por dificuldades financeiras.

A partir da descoberta deste desvio específico foi feito o rastreamento de todos os valores captados no leilão que em 2017 rendeu R$ 407 mil. Geralmente a captação de recursos é feita depois do leilão. Quem apresenta o maior lance e arremata o lote oferecido, não paga de imediato. Normalmente faz o pagamento dias depois na tesouraria da instituição.

Não se descarta a possibilidade de que o desvio tenha ocorrido em anos anteriores, como em 2016, quando o leilão rendeu R$ 403 mil. Este recurso é uma reserva de caixa destinada a cobrir as despesas com o 13º salário e o adicional de férias dos funcionários, além do custeio.

*Matéria atualiza para acréscimo de informações.