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Fiems projeta crescimento de até 8,8% para o setor industrial do Estado em 2018
As empresas industriais devem movimentar R$ 38,5 bilhões, 6,8% a mais do que neste ano, quando a projeção é faturar R$ 36,1 bilhões.
Daniel Pedra/Fiems
20 de Dezembro de 2017 - 08:00
Com um pacote de reformas estruturantes e ajustes na economia promovidos pelo Governo Federal, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, traçou projeções positivas para a indústria de Mato Grosso do Sul em 2018. O PIB do setor deve fechar o próximo ano na casa dos R$ 22,1 bilhões, um crescimento de 8,8% em relação a 2017, cuja estimativa é de R$ 20,3 bilhões, segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems.
As empresas industriais devem movimentar R$ 38,5 bilhões, 6,8% a mais do que neste ano, quando a projeção é faturar R$ 36,1 bilhões. Os dados foram apresentados por Longen nesta terça-feira (19/12), durante entrevista coletiva concedida à imprensa no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS). Estamos muito confiantes na retomada do crescimento da economia e da indústria em 2018, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde temos a particularidade de um ambiente favorável para investimentos, falou.
Ele acrescenta que os incentivos fiscais já concedidos foram convalidados e, portanto, agora os empresários agora têm segurança jurídica para voltar a investir. Então temos juros estabilizados, dinheiro disponível, via FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), e mudanças na legislação trabalhista que dão mais segurança para voltar a contratar, comentou.
Outros indicadores
As exportações também tomarão novo fôlego em 2018 e devem totalizar US$ 3,08 bilhões, 5% a mais ante 2017, ano cuja projeção é encerrar com US$ 2,94 bilhões. Ainda segundo o Radar Industrial da Fiems, também haverá retomada no número de estabelecimentos industriais do Estado, pois serão 7.450 empresas em funcionamento em 2018, 2,8% a mais do que no ano de 2017, que deve ser encerrado com 7.250 estabelecimentos ativos. Um crescimento bastante expressivo, visto que, depois de um 2015 turbulento, auge da crise econômica do País, o número de empresas caiu ano após ano, acrescentou Longen.
De 2015 para 2016, por exemplo, foi registrada redução de 4,1% no número de estabelecimentos ativos (de 7.706 para 7.389), e de 2016 para 2017 o saldo também foi negativo, com queda de 1,9% (de 7.389 para 7.250 empresas). Com mais empresas do setor industrial em funcionamento, a projeção do Radar Industrial também é positiva no quesito geração de empregos para 2018, que deve ser 1,2% maior do que em 2017 - estão previstos 124.450 trabalhadores com carteira assinada nas atividades industriais do Estado.
A massa salarial destes trabalhadores formais deve somar R$ 3,35 bilhões em 2018, 1,4% a mais do que neste ano, que deve ser encerrado com R$ 3,30 bilhões em salários do setor. Não são os números que gostaríamos de apresentar, ainda que em sua maioria positivo. Na nossa opinião poderiam ser mais expressivos, mas como nos últimos anos o empresário não se encontrava em uma situação nem um pouco favorável, estamos bastante esperançosos para 2018. O Brasil, finalmente, começa a entrar novamente nos eixos, pontuou, otimista, o presidente da Fiems.
Ranking do PIB Industrial
Ainda na coletiva, Sérgio Longen divulgou o ranking do PIB Industrial em Mato Grosso do Sul, que traz como novo líder o município de Três Lagoas. Em maio de 2008, a Fiems apresentou um levantamento que projetava que em 2015 Três Lagoas assumiria o 1º lugar no PIB Industrial do Estado e, passados nove anos, o PIB Industrial oficial dos municípios do Estado foi divulgado, confirmando a nossa projeção. O montante de R$ 4,23 bilhões equivale a 26% do PIB Industrial total de Mato Grosso do Sul e a indústria é, de longe, o setor mais representativo no PIB de Três Lagoas, respondendo por 59% de toda riqueza gerada na cidade, disse.
Ele acrescenta, ainda, que o estudo da Fiems também projetou que em 2020 o PIB industrial de Três Lagoas será o dobro do 2º colocado. Provando que Campo Grande é a capital do Estado, mas Três Lagoas, mais do que nunca, se consolida como a capital da indústria, o que muito orgulha, porque reforça a importância que as ações do Sistema Fiems têm para o apoio ao desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e do País, salientou.
Os outros municípios são, respectivamente, Campo Grande, com R$ 3,63 bilhões (22%), Selvíria, com R$ 1,37 bilhões (8%), Dourados, com R$ 1,10 bilhões (7%), Corumbá, com R$ 486,90 milhões (3%), Rio Brilhante, com R$ 373,92 milhões (2%), Nova Andradina, com R$ 310,09 milhões (2%), Naviraí, com R$ 275,81 milhões (2%), Nova Alvorada do Sul, com R$ 274,35 milhões (2%), Água Clara, com R$ 258,80 milhões (2%), Ponta Porã, com R$ 258,19 milhões (2%), Maracaju, com R$ 253,21 milhões (2%), Paranaíba, com R$ 245,07 milhões (1%), Costa Rica, com R$ 237,46 milhões (1%), Aparecida do Taboado, com R$ 217,28 milhões (1%), Bataguassu, com R$ 181,38 milhões (1%), São Gabriel do Oeste, com R$ 178,91 milhões (1%), Caarapó, com R$ 177,66 milhões (1%), e Ivinhema, com R$ 150,36 milhões (1%).