Sidrolandia
Garoto de 13 anos desiste de aulas por sofrer racismo em escola pública de CG.
Ele chegou em casa com a boca inchada sangrando e com os braços cheio de furos de caneta, desabafou.
Midiamax
06 de Julho de 2010 - 16:00
Ainda no boletim de ocorrência, detalhes sobre o crime de racismo: "(...) seu cabelo é feito para fazer bombril
Ainda de acordo com a mãe, quatro alunos teriam desrespeitado e agredido também fisicamente seu filho, estudante da escola estadual Delmira Ramos dos Santos, do bairro Coophavilla II.
Segundo a doméstica, o menino que estuda na escola desde a 1ª série e que hoje cursa o 7º ano sofre por conta desse tipo de violência. Isso já dura há pelo menos 3 anos.
Mas, a situação tornou-se insustentável, segundo a mãe que decidiu denunciar. Eu não queria recorrer porque eu sou negra e pobre, mas depois que eu fui orientada eu procurei meus direitos.
Ele estuda lá desde a 1ª série, a minha filha de 15 anos também, eu já tinha tirado o meu filho e minha filha de lá por causa de racismo. Ele não quer mais ir para a escola, conta a mãe.
De acordo com a mãe, além da violência verbal de ter sido chamado de urubu, frango de macumba e nego fedido, alunos da escola teriam pixado o muro da escola chamando-o de fedido.
A gota d´água foi o fato do filho tentar se defender e ter acabado sofrido represália por parte da escola. "Ele teve de limpar três salas de aulas durante 10 dias". O jornal Midiamax buscou contato com a direção do estabelecimento de ensino, mas a informação foi de que somente a Secretaria de Estado de Educação poderá falar sobre quais medidas deve tomar.
Meu filho entrava às 7h e saía às 16h porque a escola é integral. Eu assinei essa medida disciplinar porque a diretora me disse que era uma ordem de um promotor, sabe o que aconteceu? Ele chegava em casa quase às 19h e em um desses dias que ele tava limpando as salas, três ou quatro alunos entraram lá e bateram nele. Ele chegou em casa com a boca inchada sangrando e com os braços cheio de furos de caneta, desabafou.
A.M.S. conta que depois da violência sofrida, a direção da escola teria lhe dito que ia tomar providência porém nada foi feito, segundo a mãe.