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Sidrolandia

Garoto que matou a tia se apresenta e alega depressão

O advogado do adolescente, Conrado Passos, disse que o menino não se apresentou antes porque estava muito deprimido.

Campo Grande news

06 de Julho de 2010 - 10:30

O adolescente de 16 anos que no dia 24 de junho matou a própria tia, Elizangela Silva Ayala da Rocha, 31 anos, se apresentou há pouco na Deaiji. Na quinta-feira a Justiça expediu mandado de busca e apreensão, por isso ele fica apreendido.

O crime foi na Vila Popular, na casa em que o garoto morava com a tia, três primas e o tio. Elizângela foi morta a facada. A faca usada no crime foi apreendida.

Conforme apurado pela Deaiji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), a mãe do adolescente morreu há 3 meses, acometida por dengue hemorrágica e desde então ele passou a morar com o pai e irmãos, no distrito de Indubrasil.

Na época da morte da mãe, avó e a tia do garoto chegaram a dar entrevista ao Campo Grande News, sobre o drama da família por conta da dengue.

Como estaria sendo ameaçado por traficante, a família não queria que ele morasse mais no local e ele passou viver na casa da tia, na Vila Popular, onde continuou apresentando problemas. Na noite do crime os dois discutiram e ele acabou matando Elizângela.

Segundo a filha da vítima, uma garota de 15 anos, a mãe estava com o telefone na mão, para ligar para a Polícia, quando foi atacada e esfaqueada. Elizângela tinha outras filhas de 12 e 8 anos de idade.

Muito abalada, Alice da Silva, 56 anos, avó do adolescente e mãe de Elizangela disse que ele já havia feito várias ameaças e que costumava causar confusão. “É um monstro”, disse, em depoimento.

Depressão – O advogado do adolescente, Conrado Passos, disse que o menino não se apresentou antes porque estava muito deprimido.

Ele nega que o garoto seja usuário de drogas e diz que em conversa com o garoto ele disse que quando chegava em casa já havia confusão entre Elizângela e o marido e que foi agredido a chutes, tapas e pontapés, por isso desferiu o golpe de faca. “Foi o máximo que ele me antecipou”, disse o advogado.

Conrado afirma que não sabe se o garoto procurou tratamento médico para tratar da depressão e que ele se apresentou por iniciativa própria. Diz, ainda, desconhecer onde o adolescente estava escondido. “Estava protegido pela família”, disse.