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Sidrolandia

Horticultura ajuda na reeducação alimentar de internas

Notícias MS

26 de Abril de 2010 - 16:34

A Horticultura é uma das novas atividades desenvolvidas no Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto, Aberto e Assistência à Albergada de Campo Grande (EPFRSAAACG), uma das 44 unidades penais administradas pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

          Instalada há cerca de dois meses, por meio de um projeto da Pastoral Carcerária da Igreja Católica, a horta já reflete resultados positivos na alimentação das custodiadas e ainda representa uma forma de ocupação produtiva, além de ser uma chance de aprenderem um ofício.

          Na horta, são plantados verduras e legumes como rúcula, alface, rabanete, couve, abóbora e outros. No local também é mantida uma estufa com mudas para serem utilizadas, sem a necessidade de serem compradas. O próximo passo, agora, será o plantio de ervas medicinais, como malva, melissa, erva-doce etc.

          As hortaliças e legumes colhidos servem como um reforço na alimentação das internas. Na opinião da diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, a horta, além de ser um trabalho socioeducativo, representa, ainda, uma reeducação alimentar para as custodiadas. “Na primeira colheita de brócolis que tivemos muitas reeducandas ficaram emocionadas, disseram que nunca tinham visto antes”, conta a diretora.

          Atualmente, quatro internas trabalham com a horticultura, contando com a assistência técnica de um engenheiro agrônomo da Coop-Grande, pago pela Pastoral Carcerária. Pelo trabalho, elas recebem remição de um dia na pena para cada três trabalhados.

          Segundo a coordenadora da Pastoral Carcerária, Zilda Maria, a iniciativa da Pastoral Carcerária, com a Arquidiocese de Campo Grande, tem por objetivo melhorar e estimular a qualidade de vida das reeducandas.

           Atividades

Horticultura ajuda na reeducação alimentar de internas

          De acordo com Mari Jane, a horticultura é apenas uma das atividades desenvolvidas no estabelecimento penal. “Mais de 65% das internas do EPFRSAAACG conquistam remição da pena por meio do trabalho, sendo destas cerca de 80% em atividades externas e remuneradas”, informa.

          A diretora cita também os cursos e palestras de capacitação realizados com frequência no local. “Agora estamos finalizando um curso de arte- terapia, financiado pela Central de Penas e Medidas Alternativas, e já estamos com projeto de iniciarmos um de bijuterias”, finaliza.