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Sidrolandia

Japão pede “calma” à China no caso de capitão preso

Embaixador japonês também espera que ações “unilaterais” sejam evitadas

R7

20 de Setembro de 2010 - 08:29

O Japão pediu “calma” nesta segunda-feira (20) à China, em meio à tensão gerada pelo prolongamento da prisão de um capitão chinês, acusado de ter atacado com seu pesqueiro embarcações da guarda costeira japonesa numa zona marítima em disputa.
Um tribunal do Japão decidiu estender até o próximo dia 29 a detenção de Zhang Qixiong, de 41 anos, quando ele completará 20 dias preso.

Apesar da decisão, que é duramente criticada pelas autoridades chinesas, o embaixador japonês na China, Uichiro Niwa, pediu a Pequim que sejam evitadas ações "unilaterais e que se atue com calma para evitar uma escalada da tensão", segundo informações da imprensa local.
 
Niwa também disse haver um mal-estar em seu país pelo fato de a China começar a transportar equipamentos para uma jazida de gás, no mar da China Oriental, em uma região disputada por ambos os países, sem consultar o governo japonês. O diálogo bilateral sobre a exploração de jazidas de gás na região foi adiado pelo governo chinês há uma semana, em protesto pelo caso do pesqueiro.
Suspensão de contatos
 
Neste domingo (19), em razão da maior tensão entre os dois países, a China suspendeu todos os contatos de alto nível com o Japão.
 
Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, chegou a dizer que o país pretende retaliar com firmeza caso o capitão não seja solto.
 
- A China exige que o Japão liberte imediatamente o capitão, sem pré-condições.
 
Para as autoridades chinesas, a prisão é ilegal e inválida. Na última segunda-feira (13), o Japão colocou em liberdade os demais 14 tripulantes do pesqueiro chinês. Mas manteve detido seu capitão, apesar dos protestos da China.