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Sidrolandia

Lei de Sidlei previne “pé diabético

Tudo isso seria de extrema importância para coibir o aumento desses números”, afirma

Dourados Agora

04 de Maio de 2010 - 08:32

O presidente da Câmara Municipal de Dourados, vereador Sidlei Alves (DEM) apresentou Projeto de Lei que cria, no âmbito do município, o Programa de Atendimento por Podólogos na rede pública de saúde.

A meta é oferecer tratamento adequado ao “pé diabético”, um problema que tem aumentado o índice de amputações em Dourados devido, sobretudo, à falta de cuidados com os pés. “Nossa cidade tem um número acentuado de pacientes diabéticos e o pé diabético é uma grave complicação da diabetes mellitus que pode mutilar o paciente, causar incapacidade temporal ou definitiva e tornar-se em uma evolução prolongada representando um alto custo de tratamento para a própria prefeitura”, afirma Sidlei.

O presidente da Câmara explica que ao adotar o programa de podologia na rede pública, a prefeitura trataria os vários fatores que influenciam nas lesões. “Os podólogos podem juntar esforços na forma de prestar assistência primaria e clínica, para que se adquira, antes de mais, a capacidade de definir um pé de risco, assim como também a aplicação de tratamentos ortopodológicos”, salienta.

O Projeto de Lei que foi protocolado ontem na Câmara Municipal e tem por objetivo criar ambulatórios nos postos de saúde, com profissionais capacitados para informar a população, principalmente os diabéticos, da necessidade dos cuidados com os pés para prevenir, diagnosticar e tratar diversos tipos de lesões que o paciente diabético desenvolve. “No Brasil, a doença ataca cerca de 10% da população entre 30 e 69 anos, atingindo entre 9 a 10 milhões de pessoas, sendo que em torno de apenas 5 a 6 milhões conhecem sua situação”, alerta Sidlei.

Para o presidente da Câmara, o diabetes é um dos problemas mais graves da saúde pública, pois mesmo diagnosticado o paciente passa a ter uma vida cheia de restrições e, alguns cuidados são essenciais para que o quadro não se agrave. “Nem todos os portadores da doença têm consciência e informações suficientes para contribuir com o tratamento. Temos que conscientizar a população que algumas ações preventivas melhoram muito a qualidade de vida do diabético “, destaca.

Segundo informações do cirurgião vascular Marcos Ricardo de Figueiredo, são realizadas em Dourados de quatro a cinco amputações por mês de partes do corpo de pessoas portadores de diabetes, sendo que um dos principais problemas enfrentados é o chamado “pé diabético” sendo que o município também atende a demanda da Grande Dourado. “Falta profissional capacitado nos postos de saúde para fazer orientações sobre controle de glicemia, sobre a higiene para os pés, cuidados com as lesões, entre outras ações.

Tudo isso seria de extrema importância para coibir o aumento desses números”, afirma. Figueiredo ainda revela que a falta de informação faz com que os casos de amputações sejam irreversíveis, pois quando o paciente procura um especialista o estado já é crítico.

PÉ DIABÉTICO - O termo “pé diabético” é muito utilizado para definir as alterações que ocorrem nos pés, devido às complicações do diabetes, assim com os problemas circulatórios, infecções, difícil cicatrização. São situações que podem levar a gangrena e, consequentemente, a amputação. A prevenção é um grande aliado para diminuir estes números alarmantes. Com os cuidados freqüentes a probabilidade de amputações diminui em até 85% segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).