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Sidrolandia

Marisa quer políticas públicas eficientes para os aposentados

Redação de Noticia

29 de Abril de 2010 - 15:40

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) pediu, em seu discurso no Senado , nesta quarta (28) que as políticas públicas governamentais sejam adaptadas ao crescimento da população idosa do país, atualmente estimada em 18 milhões de brasileiros (10%), parcela que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deverá somar 64 milhões, equivalente a 30% da população, em 2050.

“O aumento do número de idosos e a consequente mudança no perfil da população brasileira requerem melhorias nas políticas públicas, com mais oferta de atendimento geriátrico e gerontológico, assim como medidas no âmbito da Previdência, que são impostergáveis”, insistiu a senadora.

Marisa Serrano referiu-se também à capacidade dos idosos de se integrar à economia do país gerada pelos avanços científicos na área da saúde que têm contribuído para o aumento da qualidade de vida, capacitando-os para o trabalho por período mais prolongado e tornando o contingente da população ativa no país maior.

Isso ocorre devido ao "bônus demográfico" constatado pelo IBGE, que é o aumento maior da faixa etária de 14 aos 65 anos sobre a faixa de zero a 14 anos.

Outro aspecto ressaltado pela senadora é a contribuição dos idosos para a renda familiar, especialmente nas classes C e D, onde o idoso representa, respectivamente 72% e 88% da renda total familiar. Ele participa do pagamento de aluguel, medicamentos e até mesmo gastos com filhos e netos.

Dados colhidos em pesquisas do Instituto Somatório em dez centros urbanos, salientou a senadora, apontam o potencial de consumo dos idosos. Eles têm rendimento correspondente a 15% dos domicílios do país, o que corresponde a renda mensal de R$ 7,5 milhões e respondem, em média, por 71% da renda familiar total.

Isso torna seus hábitos de consumo semelhantes aos dos jovens. Eles adquirem alimentos de maior qualidade, frequentam shopping centers, lêem revistas e jornais, com a diferença de poderem fazer suas escolhas com total liberdade.

Serrano criticou ainda os dados apontados por especialistas do governo indicando um suposto déficit fiscal na Previdência, que acaba, segundo ela, sempre colocando a culpa pelo excesso de gastos no aposentado.

Reajuste

A senadora destacou ainda a questão do reajuste dos aposentados. “Sabemos que o Governo lança mão de déficts contábeis para mostrar a impossibilidade de valorizar os rendimentos dos aposentados.

Grupos de tecnocratas se mobilizam para demonstrar a fragilidade das contas da previdência social. Há os famosos terroristas das finanças públicas que tentam colocar nas costas dos aposentados a ruína do equilíbrio fiscal brasileiro”, comentou.

Segundo ela, “são argumentos muitas vezes racionais e técnicos revestidos da mais perfeita justeza.

Mas eles não levam em conta outros dados importantes que obrigatoriamente deveriam ser colocado neste caldeirão de números: os elevados gastos governamentais com obras de fachada, os aumentos exagerados dos gastos co ONGs de papel, as despesas crescentes com cartões corporativos, as contratações partidárias que estão inchando as repartições públicas, enfim, o desperdício escandaloso de recursos orçamentários que poderiam, caso o Governo fosse copetemte, reverter-se em benef ício dos aposentados&rdq uo;, assegurou.

A senadora recebeu apartes dos senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que apontaram a situação precária vivida pelos aposentados que dependem dos benefícios pagos pelo INSS.

Eles mencionaram a dificuldade de votação da proposta em exame na Câmara, pois o governo se recusa a pagar o reajuste de 7,7% e busca um acordo em torno de 7%.