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Sidrolandia

Mercado baixa estimativa para inflação e juros em 2010

Estimativa para o IPCA deste ano recuou de 5,55% para 5,45%. Já a previsão para a taxa de juros no fim de 2010 caiu para 12% ao ano.

G1.com

12 de Julho de 2010 - 08:50

Os economistas do mercado financeiro baixaram, na semana passada, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deste ano de 5,55% para 5,45%. Para 2011, a previsão do mercado ficou inalterada em 4,80%.

A queda aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, que não variou, e foi divulgada nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com os analistas do mercado financeiro.

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado, portanto, ainda permanece bem acima da meta central de inflação de 4,5% para este ano. O BC, ao definir os juros básicos da economia, calibra a taxa de juros para que a inflação convirja para o centro da meta definida pelo governo. No primeiro semestre deste ano, o IPCA avançou 3,09%.

Taxa de juros
Mesmo com a queda na previsão de inflação, os analistas do mercado financeiro apostam que os juros continuarão avançando no resto deste ano, mas em intensidade um pouco menor. Para julho, a previsão continuou sendo de um novo aumento de 0,75 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica dos atuais 10,25% para 11% ao ano.

Até o fim deste ano, o mercado acredita que os juros subirão para 12% ao ano. Essa estimativa é menor do que os 12,13% ao ano, estimados para o fim de 2010, na semana anterior. Para o fechamento de 2011, a estimativa dos economistas dos bancos permaneceu em 11,75% ao ano.

Crescimento econômico
O mercado financeiro manteve, na semana passada, a sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 7,20%. Se confirmada, a expansão esperada pelo mercado financeiro para 2010 será a maior desde 1986, quando o país cresceu 7,49%, segundo série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizada pelo BC. Para 2011, a previsão de crescimento econômico do mercado financeiro permaneceu estável em 4,5%.

Taxa de câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 permaneceu em R$ 1,80 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio recuou de R$ 1,90 para R$ 1,85 por dólar.

Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 permaneceu em US$ 15,7 bilhões na semana passada.

Para 2011, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial ficou estável em US$ 7,8 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 caiu de US$ 35 bilhões para US$ 34,6 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou estável em US$ 40 bilhões.